quinta-feira, 16 de junho de 2011

O papel de outro MCM: a Internet

O crescimento das mídias sociais e seu poder sobre a população brasileira

            Entende-se por mídias sociais a interação entre pessoas, gerando um conteúdo compartilhado, construído através da discussão e integração entre elas, tendo como condutora a tecnologia.
Novas ferramentas de mídia social vêm surgindo e se estabelecendo, passando por mutações evolutivas naturais. Os blogs nasceram como diários virtuais e foram modificados gradativamente, a ponto de se tornarem, inclusive, instrumentos de efetiva geração de negócios, por exemplo.
Com isso, ocorre uma significativa mudança na estrutura de poder social, pois a possibilidade de gerar conteúdos e influenciar pessoas e decisões deixa de ser exclusividade dos grandes grupos capitalizados, e torna-se comum a qualquer pessoa. Além disso, a redução do custo de publicação a quase zero possibilita a produção de conteúdos muito específicos também para pequenos públicos - que antes não justificavam a equação econômica.


Em entrevista, o publicitário Bruno Cezar Macedo N. Pereira expôs sua opinião sobre a atual realidade do país:
“O Brasil tem avançado na comunicação de massa equiparadamente às grandes potências. Não surpreende, portanto, os usuários brasileiros terem uma das maiores representações nas mídias sociais. Embora o avanço tecnológico siga o ritmo de países desenvolvidos, a economia brasileira, ainda que mais fortalecida que outrora, segue tropeçando em pontos como a distribuição de renda e infra-estrutura. A maneira como os problemas sociais são tratados e, principalmente veiculados pela mídia, torna-os reflexos quase insignificantes de um possível crescimento geral a médio/longo prazo. E as ferramentas tecnológicas das novas mídias ainda não foram apropriadas pela massa suficientemente para expressar a discrepância entre a realidade social divulgada pelos meios de comunicação de massa e a realidade social da população. Os meios de comunicação têm sido tratados como retrato da realidade, entretanto, tem funcionado melhor na função de criador de realidades. O mais complicado é observar que estas "realidades" propostas pelos meios de comunicação não proporcionam outro comportamento senão o consumo. A mobilidade social, a detenção dos meios de produção nada mais são que meros efeitos colaterais desta mensagem.”
 
Por Daniele Santos e Tatiana Gomes

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