terça-feira, 21 de junho de 2011

A sétima Arte


O primeiro filme do mundo se chamava ‘’ L'Arrivée d'un Train à La Ciotat ‘’ , o filme tinha apenas 52 segundos, era em preto e branco e não possuía som.  A película foi feita pelos irmãos Lumiere, em uma estação de trem de Paris, e foi apresentado para 33 pessoas no salão Grand Café, em 28 de Dezembro de 1895.

             Foram os irmãos Lumiere que criaram o cinematógrafo, câmera de filmar e projetar imagens em movimento, que possibilitou a existência dos filmes. Em 1926, o cinema passou a ter som. Somente dois anos mais tarde a Warner Bross conseguiu sincronizar som e imagem no filme “The Lights of New York ‘’.

Cinematógrafo

         No fim deste ano , o cinema completará 116 anos, e de L’Arrivée até hoje, muitas evoluções aconteceram na 7ª arte. Os filmes passaram a ter um papel social muito importante na sociedade, o cinema foi muitas vezes responsável por fazer as pessoas pensarem. Com movimentos como a Nouvelle Vague e o Cinema Novo, o mundo pôde conhecer a força revolucionária dos cineastas.
         Viver de cinema no século XXI , com cada vez mais adventos tecnológicos, menos chance para os iniciantes e com a lei de incentivo a cultura (Rouanet) sendo muitas vezes usada de forma errada (o objetivo da lei é incentivar que órgãos públicos invistam em cultura. No entanto, a lei tem sido criticada por que o governo, ao invés de investir diretamente em cultura, começou a deixar que as próprias empresas decidissem qual forma de cultura merecia ser patrocinada. Desta forma, as empresas fazem uso de propagandas gratuitas e não estão investindo na cultura nacional, como prevê a lei) não é fácil, mas Vitor Medeiros e André Índio, nadam contra essa corrente e vêm cavando aos pouquinhos seus lugares ao sol.  Vitor prefere os curtas ‘’ o curta-metragem é um formato que dá bastante liberdade pro realizador. É mais fácil e barato produzir vários curtas do que um único longa-metragem, outra vantagem é que, por não ter maiores compromissos com o mercado o realizador pode ousar mais ” opinou Vitor Medeiros.
        Já André, gosta dos longas e começou fazendo um documentário da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel ‘’ grande parte dos fundadores da escola ainda estão vivos, é a historia viva do samba, que é um patrimônio nosso. Fiz o roteiro, e sugeri em turma, todos adoraram a idéia, e dai rodamos o documentário Do Futebol ao Samba, Uma História de Bamba , o documentário foi exibido no cine cufa do ano passado. ‘’ revelou André que só fez dois cursos de cinema, o de audiovisual pelo CUFA (de onde surgiu a idéia do documentário sobre a Mocidade) e uma oficina de cinema chamada 5 vezes favela, cujo coordenador geral era o Cacá Diegues.
5x Favela 

         Vitor já fez cursos de direção, roteiro, edição, produção e um curso livre de Iniciação ao Audiovisual na Escola de Cinema Darcy Ribeiro aos 15 anos “ pra ver se era isso mesmo que eu queria ” atualmente Vitor estuda cinema na UFF (Universidade Federal do Rio de Janeiro) “ quando entrei na UFF, apenas tive a confirmação ” contou Medeiros.
           Desde 2008 Vitor já participou de mais de 20 produções entre curtas, médias e longas- metragens  exercendo as mais diversas funções  ‘’muitos foram exibidos em Festivais pelo Brasil afora, o último que eu dirigi foi o "Com Outro Par". Esse ano comecei a enviá-lo pra festivais, ele já foi exibido na Itália, vamos torcer pra rodar em alguns outros” contou Vitor.
           O curta “Damas” em que Vitor foi assistente de direção, ganhou o prêmio juri popular do Festival  Curta o Flagra. Seu novo projeto é websérie "Ana e Cezar", uma iniciativa totalmente independente de Vitor e outros estudantes da UFF, para conhecer mais do projeto acesse www.anaecezar.com “por mais instáveis que sejam as profissões relacionadas à arte no Brasil, não consigo me imaginar fazendo outra coisa” revelou Medeiros.


           André foi assistente de direção do remake de 5 vezes favela que participou do Festival de Cannes do ano passado "com certeza foi o trabalho mais marcante que fiz. Fui escolhido para a equipe de assistentes de direção do filme, durante as oficinas do CUFA. Participar do filme, foi algo fora do real, todos que fizeram parte da equipe saíram do set com o gostinho de quero mais"  afirmou Índio.

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