quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A trilha do Rio de Janeiro

Funk cresce cada dia mais e movimenta milhões por mês

Com uma movimentação de R$ 10 milhões por mês no estado do Rio de Janeiro, segundo estudo realizado em 2009 pelo instituto de pesquisa da Fundação Getúlio Vargas – FGV, o funk carioca é uma manifestação popular facilmente aceita nas classes mais baixas da cidade do Rio de janeiro.

Nascido nas favelas cariocas por volta dos anos 80, graças a influências de um novo ritmo da Flórida, o Miami Bass, as primeiras gravações do funk eram versões de músicas estrangeiras. Não demorou muito para que começassem a surgir os bailes, que antes eram em clubes dos bairros do subúrbio, e depois começou a ser a céu aberto, nas ruas das favelas, onde as equipes rivais disputavam quem tinha aparelhagem mais potente, o grupo mais fiel e o melhor DJ. A partir daí surgiu o DJ Malboro, um dos vário protagonistas do movimento do funk.

Como a população moradora de favelas dificilmente tem acesso a outro tipo de cultura, que não seja a que esta perto de si, principalmente pela falta de dinheiro para se locomover para outros locais, o funk é a única forma de diversão que eles conhecem. Para estas pessoas, além de diversão, o funk é também perspectiva de vida, pois assegura empregos direta e indiretamente, além de alimentar o sonho de poder ter um trabalho que lhes dê prazer.

Segundo a mesma pesquisa realizada pela FGV, as equipes de som promovem hoje uma média de 878 bailes por mês no estado, e para fazer mais de uma festa por noite eles se dividem em subequipes e recorrem a aluguel de equipamentos. Também graças a todo o movimento e festas, alguns camelôs tiram o seu sustento, são cerca de seis vendedores por festa fora da comunidade. Eles recebem um total de R$ 957,00 por mês.

“Sempre defendi que o funk é sim cultura e modo de expressão de uma parcela da sociedade. Sempre defendi que o funk é uma das poucas possibilidades de ascensão social para milhares de jovens que tem oportunidades recusadas muitas vezes por sua cor, ou pelo local em que residem. Finalmente o povo do “asfalto” percebe, através da veia econômica, que o funk não é apenas um ritmo de moda que ferve todo o verão, mas também um meio de subsistência de boa parcela da sociedade”, diz a estudante Renata Alarcão em seu blog.

A indústria do funk foi crescendo cada vez mais e ganhando uma força, que atualmente ela promove a aproximação entre as classes sociais diferentes, criando vínculos culturais muito importantes, conseguindo se expandir para fora das favelas.





Um exemplo disso é a música Rap das armas, da banda Cidinho e Doca, que esteve no filme “Tropa de Elite”. Graças a essa divulgação, em 2009 ela fez um grande sucesso nas pistas da Espanha.



Hoje muitas pessoas de fora das periferias frequentam os bailes funks que acontecem nas favelas e, os Mcs tem portas abertas para apresentações em todos os pontos do Rio de Janeiro, até em festas elitizadas de réveillon, como a do Clube Costa Brava, na estrada do Joá, em São Conrado, deste ano de 2011, em que terá o Dj Malboro e o MC Naldo. Outra festa de réveillon que terá funk é a do hotel cinco estrelas Intercontinental, também em São Conrado, com a presença do MC Marcinho. O valor médio dessas festas é entre R$ 300 e R$ 500.

“O funk hoje é a trilha do Rio. Aqui tudo acaba em funk, de festa de aniversário a casamento. Hoje até os artistas de fora, os baianos por exemplo, se subirem no trio elétrico e não cantarem funk, não vão agradar o público”, diz o empresário e dono de rádio, Rômulo Costa.

Alunos: Juliane Françoso, Bruno Ferrat e Kleber

Comércio informal beneficiado pelo funk.

Não é de hoje que o comércio informal vem tomando proporções gigantescas, dignas de um crescimento comparado ao de grandes lojas de departamento. O comércio de camelôs é a parte mais significativa desse setor.
Os bailes funk também crescem na mesma proporção que os camelôs à medida que vão se tornando opção de lazer tanto para a população mais carente quanto para os mais favorecidos.
Uma pesquisa de opinião realizada pela Fundação Getúlio Vargas em 2008, revelou que os camelôs chegam a faturar R$ 957, 47 por mês só com as vendas em frente aos bailes funk. Os artigos mais procurados são as balas, os alimentos e as bebidas.


Site Jornal Extra

O vendedor de caipirinha João Carlos Neto é um exemplo de camelô que soube aproveitar muito bem as oportunidades de venda em frente aos bailes funks. Segundo ele em um final de semana chega a arrecadar R$ 2 mil por noite. A caipirinha é o ponto forte de suas vendas.

    A gente precisa disso... É chance para trabalhar, comenta João.

O comércio ambulante está presente nas cidades há muitos anos, construindo e fazendo parte do cotidiano da sociedade. Cientistas, pintores e escritores já mencionam esse tipo de atividade, em suas obras, em vários cantos do mundo.

De acordo com os dados do IPEA em dezembro do ano 2000, o grupo dominante trabalhando com comércio ambulante é o de “chefes de família”. Isso identifica que um grande número de famílias tem como principal fonte de renda a atividade informal.


Comercio informal
 15 junho 2009 - youtube.com

Para maiores informações acesse o site do (MUCA) www.movimentounidodoscamelos.wordpress.com.     

Por Ana Carolina Pires, Eduardo Alcântara e Joyce Carvalho.

Mundo do funk: Um mercado de lucros.

        O mundo do funk, sobre tudo o funk cariocasempre tratado de forma preconceituosa por grande parte da crítica e da população, hoje é considerado um movimento cultural que movimenta a economia, principalmente no estado do Rio de Janeiro, trazendo benefícios para diversas áreas da indústria fonográfica.
 

       Hoje em dia, esse segmento da cultura da periferia, se espalhou por todas as classes sócias tornando o gênero antes desprezado, umas das principais formas de entretenimento das noites não só cariocas, mas de outras cidades que adotaram o movimento, onde milhares de pessoas, consomem esse produto e geram uma movimentação econômica enorme, e faz com que se torne um dos principais produtos de entretenimento do país.


        Os diversos bailes que se espalham pelas noites, são grandes investimentos da indústria musical movimentando a economia graças ao grande número de frequentadores e com ela, são geradas diversas áreas de atuação na montagem e execução dos bailes, com a presença de DJ’s que são os responsáveis pela execução das batidas e recebem grandes cachês para participas dos bailes juntos das equipes de som, os MC’s são os que hoje, técnicos de som e luz, dentre outras diversas áreas necessárias para a execução dos bailes. 


         Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, as equipes de som promovem cerca de 878 bailes por mês no estado do Rio de Janeiro que movimentam cerca de R$ 10 milhões por mês.
   O funk possui uma linguagem própria. As ostentações do dinheiro, do poder e da sexualidade estão presentes nas letras, o que atrai e fascina os jovens que ainda buscam por uma referência musical.


        A vendagem de CD’s e DVD’s também é um ponto a ser destacado neste mercado, que são importantes fontes de renda para as equipes de som que promovem os bailes, e pode cada vez mais aumentar a produção de seus eventos. Graças à vendagem desses produtos o trabalho é apresentado ao público de forma extensiva, com uma divulgação realizada principalmente pelo mercado ilegal.



Alunos:
Natasha Castro e Ricardo Vieira.

Mesmo sem apoio o funk fatura


Por Bianca Andrade, Giselle Soares e Maitê Moura.

O funk no Brasil já passou por altos e baixos. Ignorado pela sociedade intelectual e amado pela classe mais pobre, o movimento se desenvolveu e se mantém em acelerado crescimento, mesmo à margem dos veículos de comunicação de massa.
Quando as fortes batidas do ritmo americano Miami Bass chegou ao Brasil na década de 70, rapidamente foram moldadas ao cotidiano carioca e as letras passaram a adotar como tema a violência e a pobreza.  Cantando violência, o ritmo aguçava a agressividade dos frequentadores, que criaram o hábito de tornar o baile um ringue de luta. Deixada para trás a violência do chamado lado A e lado B, o movimento abraçou o sexo como principal fonte de inspiração. 
Devido às polêmicas envolvidas no movimento funk, o ritmo não recebe apoio da indústria cultural, mas, isso não o impede de se tornar uma atividade econômica.  Sucesso no Rio de Janeiro, o ritmo ganhou o Brasil e atravessou fronteiras, chegando a diversos países, que se encantam com o “batidão” e as danças. Dentre os diversos cantores que levaram o funk carioca para o exterior está a Mc Tati Quebra-Barraco, que tem letras que misturam o discurso feminista ao sexo.  A Mc fez diversos shows na Europa e se tornou personagem principal de um documentário produzido pelos europeus. 

Mc Tati Quebra-Barraco

Enquanto uns insistem em repudiar o movimento, existem segmentos que estão aproveitando do sucesso e apostam no funk como a mais nova temática para seus produtos. Entre os eles, destacando-se as produções audiovisuais como os documentários e os filmes.
Pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em 2008, aponta que o funk movimenta sete milhões por mês, nos cerca de 850 bailes realizados em todo o Estado do Rio de Janeiro.
Atualmente, o funk usa como ferramenta de marketing programas independentes na TV, programas de rádio e, fora dos veículos de massa, os outdoors e carros de som têm vez, alcançando os consumidores do funk que se concentram nas comunidades.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O Marketing do Funk

Desde a sua chegada ao Brasil o funk aos poucos foi conquistando o seu espaço em diversas classes sociais, saindo da periferia e diminuindo a tensão entre as classes sociais. O modelo internacional, da década de 80, foi sendo modificado a partir da sua integração com a cultura brasileira. Este movimento cultural impulsionou o surgimento de diversas referências musicais originais e ícones brasileiros, como o percussor DJ Marlboro e a marca “Furacão 2000”. O mercado deste estilo musical se estendeu, abrangendo mais algumas centenas de milhares de pessoas, que este mesmo mercado identificou como possíveis consumidores.

O marketing utilizado no universo funk adota uma estratégia básica de divulgação artística em shows, que não se desdobram apenas nas comunidades, mas também nas zonas nobres da Cidade. Esta expansão necessitou de uma nova estrutura de marketing para que pudesse aproveitar ao máximo o seu público em potencial.

Como exemplo da complexidade deste universo, a marca Furacão 2000 movimenta toda uma estrutura econômica ativa, que tem como a base de sua estratégia os shows itinerantes em vários espaços na Cidade do Rio de Janeiro. Este movimento se torna possível devido a quantidade de artistas criados neste universo.

O marketing é empregado estrategicamente para costurar toda uma rede de empreendimento ao entorno do funk, fortalecendo a imagem de suas marcas. O baile é ponto de partida de sua estratégia, onde está a frente de trabalho com o público e consumidor. Na rede, encontramos o site oficial centralizando fotos, vídeos, link para o programa veiculado na TV, rádio (com programas específicos) e links para os blogs relacionados. Toda uma rede de divulgação.


Djs, MCs, Dançarinas, Mulheres Frutas, ícones do funk vinculam a sua imagem a produtos, agregando valor a este, fechando o ciclo de marketing para consumo dos seguidores do funk. A indústria cultural do funk movimento todo um mercado financeiro e muito bem amarrado.

A quem diga que o funk é uma cultural inútil, que não contribui de forma efetiva para uma inclusão social, mas que todos se tornam iguais no baile funk e que este movimenta todo um esquema econômico é indiscutível.

Alunos:
Leonardo Costa da Silva - 2008.120.147
Diego Hartt - 2008.110.384

“Liberta Dj!"

É com esse jargão que começamos, melhor dizendo, que invadimos o mundo fabuloso do funk . Lógico que, nesse momento, não pretendemos abordar as questões negativas que o funk pode gerar, como por exemplo, o envolvimento claro deste estilo musical com a questão do tráfico de drogas e bandidagem (sabemos bem que nas comunidades, o funk anda junto com essa “defasagem” gerada pelo Estado).

O funk, que nasceu nos “guetos” obscuros dos Estados Unidos, na década de 70, tinha como objetivo levar a cultura da classe negra. E essa onda chegou ao Brasil, na década de 80 com os bailes funks nas comunidades. Nesta época, a essência do funk era a mistura da batida acelerada com as histórias acontecidas nas comunidades. Um grande sucesso, que pode servir como exemplo é o funk “feira de acari!”.

Além de baladas rápidas e muita agitação, o funk melody atraia atenção. Não há quem diga que nunca dançou uma música de Stevie B. Mas a grande influência mesmo, que fez o funk crescer em nossa cidade eram as misturas das batidas fortes com o cotidiano que era contado em verso e prosa, abordando a violência e a pobreza das favelas.


Neste momento, o funk crescia e começava a movimentar, economicamente falando, a “falange” carioca. A procura pelos bailes funks cresceu, crescendo também o número de bailes funks nas comunidades. Mas ao mesmo tempo em que o funk crescia, gerava desconforto devido os ataques preconceituosos que sofria. O próprio funk melody, que nada mais é do que músicas que tinham letras mais românticas ou que levassem uma conscientização para a população foi uma das saídas para evitar que manchassem a imagem que o funk tinha.

Hoje, o funk está muito “escandalizado”, perdendo a essência da inocência e apelando para a vulgaridade, abusando seriamente da apelação erótica nas letras das músicas. E esse efeito fez essa crescente do funk aumentar mais. A FGV (Fundação Getúlio Vargas), em pesquisa realizada, divulgou que esse ritmo musical gera (acreditem) mais de 10 mil empregos e arrecada aproximadamente R$ 1 milhão por mês.


Alunos:
Jorge Vieira
Paula Oliveira

O mundo funk no ponto de vista sócio-econômico

Entre as maiores dificuldades ao discutir o tema do “mundo funk” é o fato de ele quase sempre ser associado com o narcotráfico. Neste artigo observaremos que a economia que gira em torno desse estilo musical e cultural é bastante diferenciado. Notaremos os processos históricos e culturais que reforçaram e sustentam até hoje esse movimento cultural.
O funk do Rio de Janeiro surgiu como um movimento de bailes de subúrbio durante os anos 1970 e 80, quando a blackmusic elétrica e de origem norte-americana (além de outros ritmos como o soul brasileiro de Tim Maia e Cassiano) foi sendo gradualmente substituída pelas batidas impactantes e eletrônicas do Miami Bass (dentre as quais se destacava a batida conhecida como volt mix).


Neste período, ao longo da década de 1980, começa a surgir uma sonoridade diferente, de base eletrônica, também importada.


Portanto, um segundo período começa a se delinear em meados dos anos 1980, tendo como característica a apropriação dos conteúdos em Inglês pelos frequentadores dos bailes funk do Rio de Janeiro e adjacências (municípios próximos). Deste modo, aos poucos uma criatividade até certo ponto espontânea e carregada de humor e deboche, além de boas doses de erotismo, inicia um momento em que se começa a perseguir algo além da diversão. As canções de funk são, neste contexto, as canções de Miami Bass lembradas pelos nomes de “melôs”.
A partir do momento em que este se desenvolve como gênero musical, pode-se acrescentar três fases historicamente constituídas à sua trajetória nos últimos vinte anos:
1) Um momento em que os festivais promovidos pelas equipes de som em bailes de clube, no início dos anos 1990, deram origem a uma produção original funkeira em que aspectos comunitários ficavam evidentes e que as letras do funk eram, sobretudo, vinculadas a questões de lazer, românticas ou conscientes/politizadas. Um elemento importante deste momento era o predomínio das duplas de MCs, como Júnior e Leonardo, William e Duda, Cidinho e Doca, Claudinho e Buchecha.


2) Um segundo momento, na metade final dos anos 1990, em que houve um predomínio de montagens sonoras de caráter semântico non sense, ou seja, um certo crescimento do poderio dos principais DJs e produtores musicais, deixando os MCs em segundo plano. Houve um esvaziamento do discurso politizado e uma diminuição da circulação dos funks românticos. Isto ocorreu na época em que os “bailes de corredor” estavam bem difundidos e ocasionou uma proibição dos bailes funk em clubes durante um significativo período de tempo. A circulação oficial do funk começava a perder espaço e a informalidade crescia no que se refere a obras fonográficas e apresentações do gênero.


3) Há um terceiro momento, compreendendo a década atual, em que as vertentes temáticas ligadas ao erotismo, pornografia e às questões relativas às facções do narcotráfico circulam de modo informal, mas extremamente significativo. Pontos como a Uruguaiana e a Estrada do Portela, em Madureira, vão apresentando uma produção fonográfica pirata cada vez maior.


Nesse terceiro momento, na atualidade, a circulação do funk carioca envolve informalidade e formalidade em medidas variáveis e de difícil quantificação. Por isso, não podemos enumerar exatamente o valor agregado desse movimento.
No entanto, podemos ressaltar que cresceu consideravelmente a oferta de serviços. Para exemplificar, nos anos 70, as primeiras equipes de som eram a Soul Grand Prix e a Furacão 2000, que se organizavam em bailes dançantes com equipamentos de vitrola Hi-fi. Aos poucos foram surgindo diversas equipes de som e com instrumentos mais sofisticados em virtude da tecnologia crescente.
Hoje em dia, existem inúmeras equipes, como a Pipo’s, Cashbox, Furacão 2000, Viashow digital, entre outras. Observamos que com o tempo a demanda de bens e serviços aumentou grandemente.
Não apenas no que tange ao fator musical, mas esses bailes influenciam os usuários a adotarem estilos para utilização de bens e serviços como o uso de vestuário e sapatos de marca. Com isso, esse estilo cultural está interligado com inúmeros bens e serviços de diversas empresas que geram um lucro considerável.
A medida de informação, um estudo da FGV (Faculdade Getúlio Vargas) mostra que os trabalhadores do funk movimentam cerca de R$ 12 milhões por ano, ocupa 10 mil profissionais e reúne um público de 3 milhões de pessoas.
Existe muito que se discutir sobre o “novo mundo funk carioca”. Porém, é necessário que deixemos de lado antigos preconceitos para podermos ver esse movimento com outros olhos. Um movimento que tem contribuído fortemente não só para a economia, mas também para a vida de pessoas que tem ascendido na vida social com a ajuda do funk.
Uma coisa é certa, a representação cultural nas pessoas que vivem do mundo funk é evidenciada como nesse trecho dos Mc’s Cidinho e Doca em Filme da vida: “o tempo passou, o mundo girou, e tanta coisa aconteceu, e a gente ainda canta pela graça de Deus. O tempo passou, o mundo girou, e olha nóis aqui de novo, cantando pra encantar nosso povo, viemos fazer tudo de novo, cantar pra encantar nosso povo...”

Alunos:
Bruno Costa
Gabriel Vianna
Surama Faustino
Período 2011.2

A Ascensão do Funk na Economia e Cultura Carioca.


De acordo com pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, atualmente, o funk arrecada cerca de 10 milhões de reais por mês só no estado do Rio de Janeiro. Diariamente existem bailes em todas as regiões do Rio e Grande Rio, com intuito de gerar lucros e caracterizar ainda mais a verdadeira essência predominante desse estilo musical, que tem causado grande impacto na sociedade, em função de algumas letras que ilustram sexo, prostituição, violência, criminalidade e drogas. Mas apesar de algumas deficiências, o funk revela grandes nomes e tem dado muito incentivo nas comunidades além de apoio social e cultural.
Os eventos destacam a música através de muita animação e sensualidade, pois a dança é envolvente e contagia o público com coreografias inovadoras, batidas bem marcadas, show e iluminação propícia para o momento.
 Um dos bailes mais frequentados no estado é o da Furacão 2000, que ocorre de segunda a segunda, em todas as extremidades do Rio, da baixada à São Gonçalo, Região dos Lagos e Costa Verde.Com a sua popularidade, o público envolvido contribui para o crescimento do movimento, através da compra de ingressos, consumação de bebidas, na moda, compra de Cds e Dvds, e audiência em rádio e televisão.
“O funk me contagia, quando escuto a batida não consigo ficar parado, dirijo todos os dias no embalo do pancadão, e sempre que possível vou aos bailes para curtir e liberar o estresse acumulado da semana.”afirma, o vendedor, Leonardo Mamede.
O movimento funk tem aquecido o mercado de trabalho, gerando aumento da produção econômica nas atividades como: segurança de casas noturnas, djs, equipe de som e iluminação, promoters para divulgação, câmeras, dançarinas e MCs.
As equipes de som promovem uma média de 878 bailes por mês no Estado do Rio de Janeiro. Para realizar mais de uma festa por noite, dividem-se em subequipes e recorrem a aluguel de equipamento para atender a demanda necessária.
Segundo a pesquisa realizada pela jornalista, Renata Alarcão Apesar de faturarem mais nos bailes em clubes (em geral quadras de esportes ou danceterias da cidade) do que naqueles promovidos dentro das chamadas comunidades (praças, quadras e escolas de samba), as equipes não deixam estas últimas de lado. Entre as razões, estão a "gratidão" pelo fato de as comunidades terem abrigado o funk quando ele foi reprimido pelas autoridades do Rio, nos anos 90, e o fato de elas ainda serem plataformas para lançamento de artistas e sucessos.  Os bailes também sustentam uma rede de camelôs, cerca de seis vendedores por festa fora das comunidades, que faturam em média R$957,47 por mês.
Hoje na cena do funk os MCs são os que os faturam, com o salário de aproximadamente 4 mil reais por mês, que pode ser alterado de acordo com o número de eventos realizados no mês.
A inserção do funk tem tido enorme visibilidade nos meios de comunicação de massa, como televisão e rádio. Durante toda a semana na TV Bandeirantes existe um programa que é designado para  promover os eventos realizados, e há rádios online 24 horas para se ouvir o ritmo a todo momento.
Mesmo sofrendo alguns preconceitos, sua Indústria Cultural pode ser considerada umas das que mais tem crescido, pois atinge a grande massa da população carioca. Todo esse mercado foi criado há duas décadas e está inserido na nossa cultura.




Links: Agenda de bailes: http://www.furacao2000.com.br/ Rádio: http://www.furacao2000.tv/107fm/ Moda Funk: http://www.hbs-rio.com.br/sitepv2012/ Baile de sucesso: http://www.castelodaspedras.com.br/ Evento: http://www.euamobailefunk.com/ 25/11/11



Alunas: Eloilde Caetana, Loiane Glória, Renata e Sabrina Jessica.

domingo, 27 de novembro de 2011

A ECONOMIA DO FUNK



Ele foi sempre odiado. ‘Proibidão’. Marginalizado? Sempre! Atrapalha e muito o sono de muitos cariocas. Nasceu nas favelas do Rio de Janeiro, mas hoje tem espaço garantido em quase todo território nacional. E movimenta a economia. O funk carioca chegou, ganhou espaço e decidiu ficar. ‘Desceu do morro, para o asfalto’: tem programa de rádio, tv, cds, dvds. É rentável. Só no Rio de Janeiro, chega a arrecadar R$ 1 milhão por mês.

DVD LANÇADOS PELA FURACÃO 2000 AO LONGO DE 35 ANOS

Com o crescimento econômico ligado ao funk, outros produtos pegaram carona no ‘som de preto, de favelado’. Lojas de roupas, marcas associadas ao baile funk, nasceram e cresceram com o ritmo. Os funkeiros, hoje são empresários, como Rômulo Costa, que é  dono de rádio, gravadora e produtora, e dono da maior equipe de funk brasileiro, a Furacão 2000. Que já tem sua própria gravadora, estúdios de rádio e tv e muitos cds, dvds lançados, nos mais de 35 anos neste mercado.



O funk chegou a ser tema de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, mostrando o crescimento do ritmo. Os MCs, que compõem as letras cantadas nos bailes, ganham a maior renda dentro do mundo funkeiro. Mas todo a indústria funkeira movimenta muito dinheiro, seja nos bailes (equipes de som promovem uma média de 878 bailes por mês no Rio de Janeiro), shows, na venda dos cds, dvds e nas marcas associadas ao ritmo. “O funk é um mercado de trabalho e de produção econômica", diz Marcelo Simas, pesquisador da FGV Opinião, á uma matéria da Folha.com.

Bailes funk no Rio movimentam R$ 10 milhões por mês
Pelo menos no Rio de Janeiro, tudo acaba em funk. Nas festas, quando o ritmo toca, não há quem não levante para dançar. Hoje é o funk quem levanta a economia musical do Rio de Janeiro.



ALUNA: Ana Lúcia Dourado Pimentel
MATRÍCULA: 2008200157
COMUNICAÇÃO COMPARADA - NOITE




















quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O 'boom' do funk

Por Laryza N. Costa e Luiz Gustavo Moreira

Depois de ser considerado 'movimento cultural', o funk também pode receber o apelido de 'máquina de fazer dinheiro'. O estilo de música mais ouvido no Rio de Janeiro faz girar um mercado que atinge uma arrecadação de cerca de R$ 1 milhão por mês - somente na capital fluminense - com 10 mil empregados no setor, de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Esse número é atingido principalmente com a produção de shows e bailes em favelas e a comercialização de CD's e DVD's. O marketing também tem grande importância nessa 'máquina'. MC's e DJ's aparecem constantemente no rádio e na TV e ajudam a popularizar o funk. Vide Rômulo Costa e seus inúmeros astros do gênero que gravam periodicamente um DVD para a Furacão 2000. O sucesso é instantâneo.

Do lado esquerdo, diversos funkeiros de sucesso que gravaram o DVD. Na direita, Priscila Nocetti, mulher de Romulo Costa, com o empresário
Chegar até essas estatísticas monstruosas era algo inimaginável nas décadas de 70 e 80, quando o funk americano - popularizado por nomes como James Brown, Chaka KhanAfrika Bambaataa e Grandmaster Flash - desembocou no Brasil. Depois  de um 'boom' na década de 90, com o surgimento de nomes que apostavam  em letras trabalhadas e, por vezes românticas, como Claudinho & Buchecha e MC Marcinho, o ritmo passou por uma marginalização nos anos 2000, quando a maioria das letras faziam apologia ao tráfico e as drogas. Atualmente, nomes como MC Naldo parecem retomar o estilo de outrora.

O crescimento da divulgação do Funk


O funk conquistou espaço, principalmente, nas Comunidades do Rio de Janeiro.

O Funk começa no Rio de Janeiro nos anos setenta, percorrendo as festas em favelas do município. De origem americana, o funk era organizado por equipes de som que faziam apresentações.

Esta nova forma de expressão cultural surgiu como forma de desabafo das classes de menor renda. As letras pediam paz e direitos iguais para todos. O Funk carioca tinha uma identidade.

Com o passar dos anos, o funk foi ganhando apego popular e cruzando a fronteira da ‘favela com o asfalto’. Começou então a erotização do funk. No início, o funk era mais melódico, mas referências ao sexo conquistaram homens e mulheres do Rio de Janeiro, principalmente entre os jovens.

Mulher Melancia, um dos ícones do funk carioca.

O crescimento desta máquina de fazer dinheiro chamado funk atraiu a atenção dos políticos. Tanto que o atual governador do estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, incentivou a continuação dos bailes funk nas comunidades do grande rio. Ele recebeu apoio explícito de cantores e compositores de funk. A renda gerada não parte da venda de cd’s ou dvd’s, pois a pirataria é considerável entre a população de baixa renda. Vêm da venda dos ingressos em bailes, propagandas em rádios e em redes de televisão. O funk deixou de ser apenas cultura e manifestação popular. Agora, é também um grande negócio.


Conforme pesquisa divulgada na revista Época Negócios em janeiro de 2009, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) o estilo musical alcançou níveis impossíveis de se imaginar tempos atrás. Estima-se que o lucro mensal, naquela época, chegava a R$ 10 milhões por mês, contabilizando 878 bailes na cidade. Salários de MCs, DJs, camelôs e equipes de som injetam na economia R$ 1,4 milhão por mês e os cachês das equipes de som outros R$ 2,14 milhões. 

A divulgação para os eventos costuma acontecer através de rádio e internet. Existem muitos sites especializados em eventos, que divulgam este tipo de evento. Para os funkeiros, a coisa se tornou ainda mais lucrativa, depois que o funk ganhou mais popularidade também entre a classe média.

No Rio de Janeiro, temos exemplos de casas de show renomadas como o Hard Rock Café, localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, que incluiram o funk em sua programação semanal de eventos, contratando Mc's e Dj's especializados nesse tipo de música.

Baile Funk no Rio.

Uma coisa devemos admitir: definitivamente o funk passou a integrar a "máquina" da industria cultural carioca, gerando lucro e tendo a capacidade atrair um grande número de seguidores. O estilo não é mais amador, como alguns anos atrás. Empresários passaram a agenciar Mc's e Dj's, fazendo com isso também desse um salto significativo na divulgação de shows e eventos.

Comunicação comparada - Noite
Professor: Marcello Sena
Nomes:
Ramon Mendonça - 2008170461
Vanessa Portugal - 2008100093
William Antunes - 2008150608

Funk: Um Mercado Promissor

       Por Renato de Oliveira

      O Funk carioca ,deixou de ser apenas um hobby para quem vive nas comunidades do Rio de Janeiro,para se tornar um sustento de vida.
      Segundo pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) ,na região metropolitana do Rio de Janeiro,o mercado do gênero conta com números respeitáveis.   As bilheterias dos cerca de 879 bailes mensais são responsáveis por R$ 7,02 milhões. Salários de MCs, DJs, camelôs e equipes de som injetam na economia R$ 1,4 milhão por mês e os cachês das equipes de som chegam a  R$ 2,14 milhões mensais.                                 
Mc Suzy em show no Alemão

      Mc Suzy,cantora  do complexo do Alemão,no Rio de Janeiro,
 é bom exemplo desse mercado. A funkeira,famosa nos bailes 
cariocas, chega a fazer três shows por noite,fatura em média
 r$ 15.000,00 por mês e ainda emprega 15 pessoas,entre
 músicos e dançarinos.
       A pesquisa ouviu pessoas envolvidas na produção do 
Funk ,como DJs e MCs,equipes de som e camelos que
 faturam com as festas. Dos profissionais, os MCs são
 os mais bem remunerados, com rendimento médio mensal de R$   4.140,19.                                                                                                        

        “Esse é o primeiro estudo que mostra quanto o mercado de funk movimenta.  Queríamos mostrar que, apesar de todo o preconceito, o ritmo é uma manifestação cultural legítima e contribui com a economia da cidade”, afirma Marcelo Simas, pesquisador da FGV. 
         A renda média dos DJs e de r$ 2.100,00,que varia de acordo com o local da apresentação,que pode varia de r$ 180,00 em uma apresentação no baile na comunidade a r$ 2.250,00 em apresentação para gringos.


        Os Camelos,que  vendem cervejas,alimentos e balas na porta de locais de  apresentações de funk,também faturam com a música,cerca de r$ 958,00 por mês.
           Os DJs que até a década de 90,tocavam de costas para o publico no palco ,são apontados como os principais responsáveis pelas inovações musicais. Devido a diversificações de  suas funções,desde apresentarem programas de rádio e TV a atuarem como empresários dos MCs .

            “Não tínhamos a menor idéia de quanto o funk representava na economia quando começamos a pesquisa. O faturamento encontrado, de R$ 120 milhões por ano, é com certeza bastante expressivo”, opina Simas.




                                                                                             Renato de Oliveira-2008150836

Funk:Crime ou Cultura?


O funk é um estilo musical que surgiu nas periferias e conquistou seu espaço na mídia.Misturando soul,black e uma batida diferente,os MC´s se destacaram,com letras,que no início,eram românticas ou faziam críticas sociais relevantes.
O funk é considerado a essência da música negra,pois reúne a  convivência no gueto,freqüentado em sua maioria pelos MC´s e as críticas sociais que fazem parte do seu cotidiano.
Para muitos,o funk é visto como uma oportunidade de ascenção social,pois a maioria das pessoas que curtem este estilo musical não conseguem emprego,pois são discriminados pela cor e local onde residem,afinal a ‘batida que ferve no verão’ movimenta por volta de 10 milhões todo ano,só no Rio de Janeiro.Em entrevista ao site ‘Cariocando Geral’,Marcelo Simas,coordenador do projeto ‘O observatório das favelas’,diz que  o funk é um mercado de trabalho e de produção econômica. Os dados mostram que é o MC quem mais fatura na cadeia produtiva do funk, ganhando, em média, R$ 4.140,19 mensais. "Até então, muitos achavam que o dono da equipe de som era o principal articulador dessa cadeia produtiva. A partir de 2003, os MCs começaram a se desligar das equipes de som e a conquistar um espaço próprio. De acordo com o estudo, eles fazem uma média de 35,2 apresentações por mês, enquanto DJs se apresentam 29,5 vezes no mesmo período.

Casas de show como ‘Castelo das Pedras’ em Jacarepaguá e ‘Megashow’ em Realengo,ambas na Zona Oeste,são os principais espaços para o público que curte o gênero.
O funk já pode ser considerado hoje em dia,um dos principais atrativos para as casas de show cariocas.
No livro ‘Funk Carioca: Crime ou Cultura?’ da autora Janaina Medeiros,podemos ter uma ideia da percepção dos fans do gênero sem a apelação que o assunto carrega,afinal o funk surgiu no Brasil em uma época de repressão,daí a revolta estampada nas letras,que normalmente vinham em forma de críticas,como podemos observar em Funk de Raiz.
A Furacão 2000 é um símbolo da indústria funk atualmente.Seu fundador Rômulo Costa fatura milhões por ano e lança vários artistas de sucesso a cada ano.Mc Creu,Mc Marcelle e Os Hawaianos gravaram cds que estouraram no verão carioca.

Mas o funk não é apenas uma batida envolvente,tem também seu lado ‘fashion’,afinal funkeiro de verdade se veste com estilo.Lojas como ‘HBS’,’CBK’,’PXC’,dentre outras,movimentam o mercado de roupas ousadas com muito brilho e sensualidade.













Confira 'Os Hawaianos - Um pente é um pente'


Por:Anderson Rodrigues
Bruna Fernandes
Raquel Oliveira