segunda-feira, 13 de junho de 2011

Indústria cultural e crescimento econômico

 O cinema
  O cinema perdeu espaço desde a década de 1970, tanto no Brasil como no resto do mundo, em função do aparecimento de formas alternativas de mídias audiovisuais. Dentre elas, o VHS, seguido pelo DVD e agora pelo Blu-ray, os canais de TV fechada, a melhoria da qualidade da imagem da TV com o surgimento do sinal digital e das televisões de LCD. Na realidade não houve queda do público para filmes, e sim para as salas de cinema.
  Devido também à extinção dos cinemas de rua, sendo todos eles agora concentrados em shoppings, soma-se ao custo de uma ida ao cinema, os preços absurdos dos estacionamentos, e à tentação de fazer um lanche com as crianças e centenas de ofertas de produtos que acabam persuadindo o cidadão a comprar algo de que talvez não precisasse tanto. Todos estes pontos fazem com que uma ida ao cinema se torne um programa caro para a maioria dos brasileiros. Mais um agravante ao aumento do preço do ingresso é a concessão de meia-entrada para estudantes, menores de 21 anos e idosos, fazendo com que os exibidores aumentem seus preços, para que esta grande quantidade de descontos não pese muito.

A dependente indústria cultural brasileira
 A indústria cultural como um todo, no Brasil não é auto-sustentável. Ela depende de patrocínios e incentivos do governo, pois o valor pago pelos ingressos não daria para cobrir todos os gastos envolvidos.
  À produção de um filme, incide uma carga tributária imensa, reservando pouco mais de 5% do arrecadado com a bilheteria ao produtor. Dentre estas taxas incluem-se: Impostos federais (PIS e COFINS), estaduais (ICMS) e municipais (ISS) somando em torno de 25%; gastos de comercialização (16%); distribuidor (11%); exibidor (38%); entre outros.

As leis de incentivo
  As leis de incentivo se tornaram um elemento fundamental na retomada do mercado cinematográfico brasileiro, que nos últimos anos marcou presença em festivais de cinema internacionais com filmes como Cidade-de-Deus e Tropa de elite, que mostraram uma grande evolução técnica em relação ao que se costumava ver em filmes nacionais.
  Desde o surgimento destas leis, o cinema nacional está se reerguendo, mas ainda precisa melhorar. Comparado com a era de ouro do cinema nacional (1971-87), o mkt share (a parcela de ingressos vendidos) do produto nacional, que era na média de 25%, hoje não chega à metade. Estudos comprovam que esta queda, no que tange ao cinema nacional, não se deve ao preço do ingresso, mas à qualidade do produto e à estratégia de mkt aplicada a ele.
  Este problema se deve também ao fato de que (como sugere o senso comum) filme brasileiro só retrata “favela, sexo, comédias românticas ou filmes bibliográficos.”

Curiosidade
  Hoje no Brasil existem cerca de 2.000 salas de cinema, sendo que os maiores grupos, dentre os 50 que atuam no país, detêm mais de 1/3 das salas. São eles: Severiano Ribeiro, Cinemark  e UCI.

  O Rio de Janeiro é o estado que mais possui cinemas. Eles somam mais de 40% do total no Brasil.

Conclusão

  Conclui-se que um processo de imunidade tributária na indústria cinematográfica pode gerar um aumento na arrecadação dos produtores em 70%, sendo suficiente para o início de uma movimentação mais efetiva pelo setor.


Por Alexandre Maranhão

Um comentário:

  1. Lendo essta publicação, podemos ver a sua importância pelo fato de que ir ao cinema é bem comum na vida social de qualquer pessoa. Mas muitos não param pra pensar na industria comercial que gera em torno do fato de ir ao cinema. Como a matéria informa, os cinemas de antigamente eram a parte, e hoje em dia fazem parte de um complemento para que as pessoas possam consumir. Ou seja, eles ficam em lugar estratégico, nos Shopings, onde as pessoas tem outros gastos como: estacionamento, compras e lanches. Isso tudo, somado ao baixo preço dos ingressos e ao tributos pagos ao governo faz com que o cinema brasileiro ainda não atinge o seu ponto máximo. Equanto isso, a Industria Cultural aguarda uma melhor fase do setor. A matéria está bem explicativa e interessante, pois eu como maníaca de cinema, não conhecia algumas informações que estão no texto. Isso quer dizer que quando um texto é bem explicado, também é bem entendido por leigos e entendidos do assunto.
    Por Ana Carolina Pires Campêlo- Turma de Comunicação Comparada

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