quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O crescimento da divulgação do Funk


O funk conquistou espaço, principalmente, nas Comunidades do Rio de Janeiro.

O Funk começa no Rio de Janeiro nos anos setenta, percorrendo as festas em favelas do município. De origem americana, o funk era organizado por equipes de som que faziam apresentações.

Esta nova forma de expressão cultural surgiu como forma de desabafo das classes de menor renda. As letras pediam paz e direitos iguais para todos. O Funk carioca tinha uma identidade.

Com o passar dos anos, o funk foi ganhando apego popular e cruzando a fronteira da ‘favela com o asfalto’. Começou então a erotização do funk. No início, o funk era mais melódico, mas referências ao sexo conquistaram homens e mulheres do Rio de Janeiro, principalmente entre os jovens.

Mulher Melancia, um dos ícones do funk carioca.

O crescimento desta máquina de fazer dinheiro chamado funk atraiu a atenção dos políticos. Tanto que o atual governador do estado do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, incentivou a continuação dos bailes funk nas comunidades do grande rio. Ele recebeu apoio explícito de cantores e compositores de funk. A renda gerada não parte da venda de cd’s ou dvd’s, pois a pirataria é considerável entre a população de baixa renda. Vêm da venda dos ingressos em bailes, propagandas em rádios e em redes de televisão. O funk deixou de ser apenas cultura e manifestação popular. Agora, é também um grande negócio.


Conforme pesquisa divulgada na revista Época Negócios em janeiro de 2009, da Fundação Getúlio Vargas (FGV) o estilo musical alcançou níveis impossíveis de se imaginar tempos atrás. Estima-se que o lucro mensal, naquela época, chegava a R$ 10 milhões por mês, contabilizando 878 bailes na cidade. Salários de MCs, DJs, camelôs e equipes de som injetam na economia R$ 1,4 milhão por mês e os cachês das equipes de som outros R$ 2,14 milhões. 

A divulgação para os eventos costuma acontecer através de rádio e internet. Existem muitos sites especializados em eventos, que divulgam este tipo de evento. Para os funkeiros, a coisa se tornou ainda mais lucrativa, depois que o funk ganhou mais popularidade também entre a classe média.

No Rio de Janeiro, temos exemplos de casas de show renomadas como o Hard Rock Café, localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, que incluiram o funk em sua programação semanal de eventos, contratando Mc's e Dj's especializados nesse tipo de música.

Baile Funk no Rio.

Uma coisa devemos admitir: definitivamente o funk passou a integrar a "máquina" da industria cultural carioca, gerando lucro e tendo a capacidade atrair um grande número de seguidores. O estilo não é mais amador, como alguns anos atrás. Empresários passaram a agenciar Mc's e Dj's, fazendo com isso também desse um salto significativo na divulgação de shows e eventos.

Comunicação comparada - Noite
Professor: Marcello Sena
Nomes:
Ramon Mendonça - 2008170461
Vanessa Portugal - 2008100093
William Antunes - 2008150608

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