O funk conquistou espaço, principalmente, nas Comunidades do Rio de Janeiro.
O
Funk começa no Rio de Janeiro nos anos setenta, percorrendo as festas em
favelas do município. De origem americana, o funk era organizado por equipes de
som que faziam apresentações.
Esta
nova forma de expressão cultural surgiu como forma de desabafo das classes de
menor renda. As letras pediam paz e direitos iguais para todos. O Funk
carioca tinha uma identidade.
Com
o passar dos anos, o funk foi ganhando apego popular e cruzando a fronteira da
‘favela com o asfalto’. Começou então a erotização do funk. No início, o funk
era mais melódico, mas referências ao sexo conquistaram homens e mulheres do
Rio de Janeiro, principalmente entre os jovens.
Mulher Melancia, um dos ícones do funk carioca.
O
crescimento desta máquina de fazer dinheiro chamado funk atraiu a atenção dos
políticos. Tanto que o atual governador do estado do Rio de Janeiro, Sergio
Cabral, incentivou a continuação dos bailes funk nas comunidades do grande rio.
Ele recebeu apoio explícito
de cantores e compositores de funk. A renda gerada não parte da venda de
cd’s ou dvd’s, pois a pirataria é considerável entre a população de baixa
renda. Vêm da venda dos ingressos em bailes, propagandas em rádios e em redes
de televisão. O funk deixou de ser apenas cultura e manifestação popular.
Agora, é também um grande negócio.
Conforme
pesquisa divulgada na revista Época Negócios em janeiro de 2009, da Fundação
Getúlio Vargas (FGV) o estilo musical alcançou níveis impossíveis de se
imaginar tempos atrás. Estima-se que o lucro mensal, naquela época, chegava a
R$ 10 milhões por mês, contabilizando 878 bailes na cidade. Salários de MCs,
DJs, camelôs e equipes de som injetam na economia R$ 1,4 milhão por mês e os
cachês das equipes de som outros R$ 2,14 milhões.
A
divulgação para os eventos costuma acontecer através de rádio e internet.
Existem muitos sites especializados em eventos, que divulgam este tipo de
evento. Para os funkeiros, a coisa se tornou ainda mais lucrativa, depois que o
funk ganhou mais popularidade também entre a classe média.
No
Rio de Janeiro, temos exemplos de casas de show renomadas como o Hard Rock
Café, localizado na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, que incluiram o funk
em sua programação semanal de eventos, contratando Mc's e Dj's especializados
nesse tipo de música.
Baile Funk no Rio.
Uma
coisa devemos admitir: definitivamente o funk passou a integrar a
"máquina" da industria cultural carioca, gerando lucro e tendo a
capacidade atrair um grande número de seguidores. O estilo não é mais amador,
como alguns anos atrás. Empresários passaram a agenciar Mc's e Dj's, fazendo
com isso também desse um salto significativo na divulgação de shows e eventos.
Ramon Mendonça - 2008170461
Vanessa Portugal - 2008100093
William Antunes - 2008150608
Nenhum comentário:
Postar um comentário