Por Laryza N. Costa e Luiz Gustavo Moreira
Depois de ser considerado 'movimento cultural',
o funk também pode receber o apelido de 'máquina de fazer dinheiro'. O estilo
de música mais ouvido no Rio de Janeiro faz girar um mercado que atinge uma
arrecadação de cerca de R$ 1 milhão por mês - somente na capital fluminense -
com 10 mil empregados no setor, de acordo com um estudo da Fundação Getúlio
Vargas (FGV).
Esse número é atingido principalmente com a
produção de shows e bailes em favelas e a comercialização de CD's e DVD's. O marketing
também tem grande importância nessa 'máquina'. MC's e DJ's
aparecem constantemente no rádio e na TV e ajudam a popularizar o funk. Vide
Rômulo Costa e seus inúmeros astros do gênero que gravam periodicamente um DVD
para a Furacão 2000. O sucesso é instantâneo.
Do lado esquerdo, diversos funkeiros de sucesso que gravaram o DVD. Na direita, Priscila Nocetti, mulher de Romulo Costa, com o empresário |
Chegar até essas
estatísticas monstruosas era algo inimaginável nas décadas de 70 e 80, quando o
funk americano - popularizado por nomes como James Brown, Chaka Khan, Afrika
Bambaataa e Grandmaster Flash - desembocou no
Brasil. Depois de um 'boom' na década de 90, com o surgimento
de nomes que apostavam em letras trabalhadas e, por vezes
românticas, como Claudinho & Buchecha e MC Marcinho, o ritmo passou por uma
marginalização nos anos 2000, quando a maioria das letras faziam apologia ao
tráfico e as drogas. Atualmente, nomes como MC Naldo parecem retomar o estilo
de outrora.
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