terça-feira, 22 de novembro de 2011

Aspectos da Economia Musical Popular do Rio, O FUNK...

 
Estive em uma festa e percebi que estava rodeada das famosas mulheres frutas e popozudas, essas aí dos dias de hoje, que se proliferam em festas, esquinas, palcos... e percebi que pelo visto têm feito um trabalho excelentíssimo no interessante mundo do funk carioca. É o que mostra dados pesquisados e publicados pela revista Época há cerca de algumas semanas. Os números revelam um surpreendedor espanto em relação à economia da cultura lixo, que muitos dizem por aí, mas que na verdade em minha opinião é uma das que menos perde sua atualidade. Perde a compostura o moralismo, mas se atualiza no tempo como a velocidade da luz.

No levantamento da edição, 879 bailes são gravados mensalmente para o programa televisivo na emissora Band. Portando, por ora, temos aí bilheteria faturando apenas: R$ R$ 7,02 milhões, o salário de MCs, DJs, camelôs e a equipe de som, nada mais nada menos que: R$ 1,4 milhões. Já os salários dos Mc’s individualmente giram em torno de R$ 4.140,19, é, sem descontos. Já posso parar de trabalhar e correr pro palco lançar um “tô cachorra tô gatinha”?

Francamente, é hipocrisia alguém não concordar que as décadas do funk vieram acopladas a subgêneros, que definem totalmente a fase comercial do estilo musical. O funk tradicional se tornou um fenômeno nas pistas de dança do mundo inteiro, e no bolso dos funkeiros também, diga-se de passagem.

Se você é daqueles que acredita que o dinheiro move o mundo? Saiba que o mundo do funk começou a se mover nos anos 80 e foi influenciada por um novo ritmo originário da Flórida, o Miami Bass, que dispunha de músicas erotizadas e batidas mais rápidas. Depois de 1989, os bailes funk começaram a atrair muitas pessoas, no rio de Janeiro, em massa. Inicialmente as letras falavam sobre drogas, armas e a vida nas favelas, hoje, elas ainda continuam assim, de uma forma subentendida, atrás de pequenos eufemismos.

Assim nasceu a economia do funk. Em um universo paralelo, que no geral, muitos cariocas, ou até mesmo a maioria dos brasileiros, desconhecem. 

http://www.youtube.com/watch?v=4xj_VT6SfC8 


                    "Vídeo que retrata brasileiros das forças armadas do 
                     estado do Rio Grande do Sul, dançando o pacadão".     

Somente os longos anos de estudo dos senhores graduados economistas, estatísticos e senhores com competências parecidas, poderiam ter dados que demonstrassem com clareza essa “economia”. Pois dos muitos que nunca vivenciaram o sabor de ganhar dinheiro, são os mesmo que financiam esse comércio sonegado. Eu, tu, eles... Incluo rapidamente no pronome “eles” os que nasceram em berço de ouro. Mas aí já seria uma outra e longa crônica!


“É o dinheiro que faz o mundo girar, mas é o funk que faz a gente rebolar”.



Crônica do Estudo orientado
Prof. Marcello Senna
Comunicação Comparada
Alunos:Bárbara Grebe
Diego Pexiolini

Thalita Linhares
Noite

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