sábado, 19 de novembro de 2011

Funk ganha espaço e dita moda no universo feminino

O funk carioca, inicialmente marginalizado e predominante nas favelas, vem garantindo cada vez mais seu espaço. Hoje, faz parte das festas da classe média e dita comportamentos e vestuários. Só no Rio de Janeiro, arrecada R$ 1 milhão por mês e gera mais de 10 mil empregos.

Segundo o pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Jimmy Medeiros, em entrevista ao R7, “o funk é um segmento cultural que tem uma relevância aqui, e pesquisa comprovou sua importância financeira. Basta reparar a movimentação nos bailes, o quanto ela é significativa.”

Algumas marcas de roupas femininas, pegaram carona e direcionaram suas confecções ao público do ritmo, associando, inclusive, sua imagem à figura de personalidades do funk - em geral, mulheres que determinam a moda entre as funkeiras. Em 2011, por exemplo, os tops e shortinhos característicos deram lugar aos vestidos.






“O conceito de roupa para baile funk está mudando. Hoje é até cafona aquela calça apertada com top, todas as marcas estão mudando de linha”, diz o responsável pelas roupas HBS, Cláudio Beck. Para ele, a moda nos bailes está mais fashion, as meninas mais comportadas, e as lojas acompanham as transformações.

Esposa do fundador da equipe de som Furacão 2000, Rômulo Costa, e garota propaganda da HBS, Priscila Nocetti aproveita para fazer o marketing da marca em seu blog. “Sou casada, tenho filha, então uso uma roupa mais comportada. A nova coleção tem muito vestido vai bombar. A moda de roupa muito curta e justa está passando.”, diz ela.

A cantora do grupo Gaiola das Popozudas, Valeska Santos, que já foi modelo de outra marca conhecida entre as funkeiras, lançará sua própria grife em dezembro e conta, em entrevista ao Ego, que também apostará no sucesso da nova tendência.

“Sempre tive vontade de ter minha própria grife, pois as pessoas sempre perguntam na rua de onde são minhas roupas. Primeiro pensei em linha de biquini e lingerie, mas depois achei melhor fazer vestido mesmo, pois é o que eu mais gosto de usar”, diz Valeska.


Valeska exibe um de seus vestidos no VMB 2011

Reconhecido como manifestação cultural e com aceitação entre diversos tipos de públicos, o funk vem despertando curiosidades e se tornando objeto de estudo.

Do ponto de vista econômico, é, a cada dia, mais representativo para o mercado. Além das altas quantias que movimenta mensalmente, da criação de empregos ligados aos bailes funks, shows e vendas de cds, há uma crescente parcela de segmentos comerciais que, visando lucros, estão vinculando seus produtos e serviços ao movimento, incorporando e difundindo tal cultura.

                                                                                         Priscila D. Ludolf - 2008200442

Nenhum comentário:

Postar um comentário