O funk, que nasceu nos “guetos” obscuros dos Estados Unidos, na década de 70, tinha como objetivo levar a cultura da classe negra. E essa onda chegou ao Brasil, na década de 80 com os bailes funks nas comunidades. Nesta época, a essência do funk era a mistura da batida acelerada com as histórias acontecidas nas comunidades. Um grande sucesso, que pode servir como exemplo é o funk “feira de acari!”.
Além de
baladas rápidas e muita agitação, o funk melody atraia atenção. Não há quem
diga que nunca dançou uma música de Stevie B. Mas a grande influência mesmo,
que fez o funk crescer em nossa cidade eram as misturas das batidas fortes com
o cotidiano que era contado em verso e prosa, abordando a violência e a pobreza
das favelas.
Neste momento, o funk crescia e
começava a movimentar, economicamente falando, a “falange” carioca. A procura
pelos bailes funks cresceu, crescendo também o número de bailes funks nas
comunidades. Mas ao mesmo tempo em que o funk crescia, gerava desconforto
devido os ataques preconceituosos que sofria. O próprio funk melody, que nada
mais é do que músicas que tinham letras mais românticas ou que levassem uma
conscientização para a população foi uma das saídas para evitar que manchassem
a imagem que o funk tinha.
Hoje, o funk está muito “escandalizado”,
perdendo a essência da inocência e apelando para a vulgaridade, abusando seriamente
da apelação erótica nas letras das músicas. E esse efeito fez essa crescente do
funk aumentar mais. A FGV (Fundação Getúlio Vargas), em pesquisa realizada,
divulgou que esse ritmo musical gera (acreditem) mais de 10 mil empregos e
arrecada aproximadamente R$ 1 milhão por mês.
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