terça-feira, 29 de novembro de 2011

“Liberta Dj!"

É com esse jargão que começamos, melhor dizendo, que invadimos o mundo fabuloso do funk . Lógico que, nesse momento, não pretendemos abordar as questões negativas que o funk pode gerar, como por exemplo, o envolvimento claro deste estilo musical com a questão do tráfico de drogas e bandidagem (sabemos bem que nas comunidades, o funk anda junto com essa “defasagem” gerada pelo Estado).

O funk, que nasceu nos “guetos” obscuros dos Estados Unidos, na década de 70, tinha como objetivo levar a cultura da classe negra. E essa onda chegou ao Brasil, na década de 80 com os bailes funks nas comunidades. Nesta época, a essência do funk era a mistura da batida acelerada com as histórias acontecidas nas comunidades. Um grande sucesso, que pode servir como exemplo é o funk “feira de acari!”.

Além de baladas rápidas e muita agitação, o funk melody atraia atenção. Não há quem diga que nunca dançou uma música de Stevie B. Mas a grande influência mesmo, que fez o funk crescer em nossa cidade eram as misturas das batidas fortes com o cotidiano que era contado em verso e prosa, abordando a violência e a pobreza das favelas.


Neste momento, o funk crescia e começava a movimentar, economicamente falando, a “falange” carioca. A procura pelos bailes funks cresceu, crescendo também o número de bailes funks nas comunidades. Mas ao mesmo tempo em que o funk crescia, gerava desconforto devido os ataques preconceituosos que sofria. O próprio funk melody, que nada mais é do que músicas que tinham letras mais românticas ou que levassem uma conscientização para a população foi uma das saídas para evitar que manchassem a imagem que o funk tinha.

Hoje, o funk está muito “escandalizado”, perdendo a essência da inocência e apelando para a vulgaridade, abusando seriamente da apelação erótica nas letras das músicas. E esse efeito fez essa crescente do funk aumentar mais. A FGV (Fundação Getúlio Vargas), em pesquisa realizada, divulgou que esse ritmo musical gera (acreditem) mais de 10 mil empregos e arrecada aproximadamente R$ 1 milhão por mês.


Alunos:
Jorge Vieira
Paula Oliveira

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