Por volta de 1440, Gutenberg desenvolveu a tecnologia da prensa móvel, o que deu origem as folhas escritas com noticias e distribuídas nas cidades burguesas, onde se propagou por toda a Europa. Neste período a veiculação não tinha uma periodicidade e em 1605, surge o Nieuwe Tijdinghen, primeira publicação impressa periódica (semanal). No século XIX, com a imprensa capitalista e com a industrialização, os empresários descobriram o potencial comercial do jornalismo como negócio lucrativo e surgiram as primeiras publicações parecidas com os jornais atuais.
Atualmente com o crescimento vertiginoso do meio de comunicação online e com o nível de relacionamento que a internet oportuniza, o jornalismo e o jornal impresso se viram obrigados a mudar seu estilo e buscar interação e maior dinamismo em relação às suas matérias e ao leitor.
Para não perder seu público para a internet, os jornais impressos vivificam, diariamente, uma corrida contra o tempo, pois o quesito periodicidade é fator importante para se manter no mercado. Seu principal concorrente tem a seu favor o tempo, que é on time e full time. As notícias acontecem e são instantaneamente divulgadas pelos portais, fazendo com que os impressos sejam massacrados e envelopados com informações anteriormente difundidas.
“Economicamente falando, os jornais impressos acabam prejudicados, pois se foi retirado deles justamente o ponto chave de seu negócio: a informação de primeira mão. Para se manter, os impressos precisaram se reinventar, adotar práticas antes não muito exploradas como prioridade na diagramação – de forma dinâmica e muito semelhante a layouts da grande rede -, além de marketing e promoções de fidelidade para seus clientes continuarem assinantes. Pois, os jornais vivem mais de assinatura do que de compra aleatória em bancas”, argumenta Tamyris Torres, jornalista e analista de mídias sociais.
Prova disto é o Jornal do Brasil, fundado em 1891, que desde o ano passado deixou definitivamente sua redação específica para os impressos para trabalhar somente e dedicadamente à sua versão online, se tornando o primeiro jornal 100% digital do país e outros jornais que já nasceram online como o AdNews, que fez um comercial em seu canal no You Tube voltado para o público da internet.
Não só no Brasil que o jornalismo tem mudado sua essência. Desde 2008, cerca de 166 jornais nos Estados Unidos fecharam suas portas, segundo a Paper Cut.
O Rio de Janeiro agora possui apenas dois grandes jornais: O Globo e O Dia, contudo o JB, nos anos 80, vendia aproximadamente 180 mil versões impressas pode dia de semana e 250 mil aos domingos.
De acordo com o Último Segundo, em 1950, mesmo antes de o Rio deixar de ser capital federal, circulavam 18 jornais, somando uma tiragem diária de 1,2 milhão de exemplares. Tamyris Torres acrescenta que esta queda, se deve ao crescimento da tecnologia da informação e a necessidade iminente de os jornais que sobraram possuir também sua versão online. Ganhando, desta forma, forças para manter a sua versão impressa sem deixar de acompanhar a evolução de seus leitores.
“As vendas de jornais no Brasil crescem abaixo da evolução do Produto Interno Bruto (PIB). No primeiro semestre de 2010, a circulação diária de jornais cresceu 2%, segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC). Entre janeiro e junho deste ano foram vendidos 4,25 milhões de exemplares por dia, graças a ascensão dos jornais populares e gratuitos. Em 2009, a circulação de jornais teve queda de 3,5%. Entre os 20 maiores, a queda foi de 6,9%”, ressalta o Último Segundo.
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