quarta-feira, 29 de junho de 2011

Investimento para a guerra

A rede Record foi a empresa no mercado de mídia que teve o maior crescimento no ano de 2010. Considerando as redes de Tv, jornais e revistas, ela teve um crescimento de 27% nas receitas publicitárias, enquanto a média das outras emissoras foi entre 15% e 18%. A informação foi divulgada pelo Vice-presidente da Record, Walter Zagari, em um encontro Nacional realizado com as afiliadas da emissora, em Campinas, São Paulo.
Segundo Zagari, a estimativa de crescimento para 2011 é entre 7% a 11%, investindo em novas programações e reestruturação dos programas já existentes. A valorização das emissoras afiliadas também está no planejamento, inclusive a conquista de novas, como a TVB Campinas, que em dezembro de 2010 deixou de ser afiliada do SBT para se tornar mais nova afiliada da segunda maior emissora do Brasil.


A programação da rede Record tem conquistado constantemente o segundo lugar de domingo a domingo, tendo algumas programas que até conseguem o primeiro lugar no Ibope. O caso mais latente da guerra de audiência entre as emissoras é a disputa freqüente entre o "Fantástico" e o "Domingo Espetacular" . Por vários domingos seguidos o programa da rede Record ameaça a supremacia do tradicional programa dominical global. Isso demonstra que os investimentos feitos pela emissora do canal 13 tem impactado os telespectadores, movimentando a indústria cultural de forma significativa e conquistando um espaço cada vez maior no rendimento gerados nesse tipo de mídia.

Letícia Garcia – 2008170371
Kelly Maurelli – 2008140923
Ronan Lima - 2008101568

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Twitter: O novo "Relações Públicas"

Desde 2006 a internet tem uma nova ferramenta de comunicação, O Twitter. O fenômeno que em poucos meses conseguiu estar entre os 10 sites mais acessados do planeta, além de despertar a curiosidade de milhões de usuários também atraiu o interesse das grandes empresas. Afinal,atráves do mini-blog se tornou possível estabelecer um canal direto de geração e troca de informações entre o consumidor e as empresas. Fortalencendo (ou enfraquecendo) o elo entre o cliente e as marcas.



 A democracia parece estar de fato estabelecida na web, já que cada pessoa pode livremente criar o seu perfil e acompanhar, sem restrições sociais e geográficas o que acontece no mundo, além de interagir em esferas equiparadas com grandes conglomerados empresariais. Um ótimo exemplo disso foi quando um pequeno grupo de clientes da DELL, líder mundial na venda de notebooks, disparou pelo Twitter reclamações sobre o DellMini 9 (Netbook lançado no final de 2009). A indiginação dos usuários era que a tecla ENTER estava muito próxima do ACENTO AGUDO, devido a rapida disseminação da informação através das páginas pessoais dos usuários, o movimento cresceu e em poucos dias milhares de usuários já postavam em seus Twitter's a insatisfação com o detalhe no produto. Resultado: 2 meses após a DELL lança o DellMini 10 com um espaçamento no teclado entre a tecla ENTER e o ACENTO AGUDO.

 
Entrevista de Biz Stone, fundador do Twitter.


O Twitter Premium: visto o sucesso do projeto e a aderência das grandes empresas ao uso do Twitter, em janeiro de 2010 foi lançado o Twitter Empresarial uma versão diferente da tradicional, essa nova ferramenta tem um custo mensal e oferece um pacote de funcionalidades que podem auxiliar no controle e mensuração de resultados.Segundo Jack Dorsey, co-fundador do Twitter a nova ferramenta poderá ajudar as empresas a decifrarem o comportamento do consumidor no microblogging. "Ele poderá saber como foi a reação do cliente diante de uma determinada mensagem: se a pessoa clicou ou não em um link ou se encaminhou pra alguém. 

Diante de tais circustâncias, as posições se invertem, agora o consumidor dita as regras do mercado, afinal hoje ele ele é gerador de informação e de posse de alguns recuros torna-se um formador de opinião como citado nos tradicionais e obsoletos livros de comunicação de massa, e essa mesma informação pode ser disseminada pela rede em velocidade ainda não calculada e até mesmo não reconhecida por muitas empresas, portanto para vencer num mercado que já era tão competitivo, as empresas precisarão se adaptar às novas regras do jogo!

Rodrigo Martins Alexandre 2008150042 

O valor do design aliado à tecnologia na criação do layout de um website


Com o advento das novas tecnologias online, o usuário é surpreendido, cada vez mais, por interfaces e layouts de websites que impressionam. Num dia ele acessa um site com bilhões de bites de conteúdos e informações – muitas vezes desnecessários –, e no outro, este mesmo site, está limpo, simples e leve, porém sem perder seu conteúdo e capacidade de dar informação. Muito pelo contrário, eles foram repaginados de modo a proporcionar mais facilidade de acesso, embasados em novos conceitos de usabilidade, interatividade e funcionalidade. Neste novo cenário, destacam-se aquelas empresas e organizações (marcas) que enxergam mais longe e saem na frente investindo pesado nessas tecnologias de informação, enxugando e tornando seus endereços na internet em locais de simples navegabilidade. Para que ocorra o sucesso da comunicação eletrônico-interativa com o seu público-alvo tais empresas investem em design.


         Das definições mais difundidas e simplificadas, talvez a mais conhecida do público em geral seja a afirmação de que o design tem como função básica, aperfeiçoar um produto, seja ele físico ou virtual (no caso da web), no que tange a sua estética e funcionalidade em prol da compreensão  e satisfação por parte dos seu consumidores.
Com o intuito de descrever os esforços centrados na construção de paginas para a web, baseando-se no design e na funcionalidade, surgiu o termo web design; que visa a melhor compreensão das informações, estética e usabilidade. O design na web, diferentemente das suas aplicações em outras áreas, precisou de adaptações, pois existem muitos limitadores relacionados com o meio onde se apresentam as páginas. A comunicação pela rede se tornou muito comum rapidamente, o que não permitiu que a mesma fosse mais bem cuidada quanto a layouts e demais conceitos de design. Agora, as empresas e agências de comunicação atentaram-se para a importância de se criar uma interface mais clara e obejtiva, com fácil navegabilidade, mas principalmente, o conceito de que navegar pela internet deve ser uma tarefa confortável, e para isso, o design deve obedecer ou satisfazer fundamentos de usabilidade e interatividade.

Steve Krug acredita que para a satisfação dos usuários, os site precisam investir cada vez mais em usabilidade. Pois, simplificando o processo de entendimento das páginas, os usuários não perderão tanto tempo tentando compreende-las. 
Usabilidade é um termo que está em alta. Hoje, não só as grandes multinacionais a tem como prioridade em seus sites e portais; empresas de pequeno e médio porte já se atentaram para esta tendência. Isso ocorreu pela difusão da obra de grandes autores do tema e pela velocidade das informações cada vez maior na internet. Um sistema orientado para a usabilidade possui uma interface que deve ser usada para se executar uma tarefa sem chamar nenhuma atenção para si, de modo a permitir que os usuários não precisem focalizar a sua energia na interface em si, mas apenas no trabalho que eles desejam executar (Norman, 1986). Isso permite que a informação flua naturalmente. Assim, os sites devem ser projetados visando à atender as necessidades e expectativas dos seus usuários, permitindo que eles direcionem a sua atenção para os objetos com os quais trabalham diretamente, que, por sua vez, devem refletir mais o mundo real no qual eles trabalham (Roberts, 1998).
Além de um bom layout e usabilidade, existem outras estratégias de marketing. Assista, uma rápida entrevista com Philip Kotler que fala um pouco sobre tal tema.

                                                                       Por Nelson Ricardo de Castro Silva.

Como usar televisão para obter comentários em outros MCM.


 

Não é de hoje que algumas coisas que acontecem na televisão geram comentários em outros meios de comunicação de massa. O polêmico comercial da cerveja Devassa com a Sandy exibido meses atrás vai muito além de somente um simples comercial de cerveja. A estratégia da campanha planejou justamente gerar o Buzz em torno da Sandy e conseqüentemente a marca Devassa, ou seja, esse conceito foi genial ao vincular a imagem da Sandy que tem uma figura de boa moça, que é totalmente o oposto da última garota propaganda da marca, Paris Hilton que apresentou a marca em 2010  . É lógico que a repercussão e os comentários nem sempre são positivos. Mas aí cabe uma análise mais focada em público alvo e posicionamento de mercado.

Capa do jornal Extra.

Em menos de 48 horas a campanha da Devassa conseguiu nesse sentido parar no “trends topics” do twitter, gerou Buzz em diversas redes sociais, virtuais e não virtuais. Como por exemplo, a foto acima com a Sandy e a cerveja estampou a capa do jornal Extra, o quarto do país em volume de circulação diária, além de mais três grandes jornais impressos e suas respectivas versões online, isso tudo sem custo nenhum para a cervejaria. 


Tamanho da Sandy na capa do EXTRA: 50cm/col
Valor do cm/col colorido na capa do EXTRA: R$ 6.209,00
Acréscimo por determinação de posição dentro da página: 50%
50 x 6.209,00 + 50% = R$ 465.675,00


Em um breve e lógico raciocínio podemos entender que o cachê da artista gira em torno de R$ 500 mil, para um anúncio do mesmo modo que foi estampada na capa acima, seriam gastos aproximadamente R$ 400 mil, ou seja, a Cerveja Devassa conseguiu um impacto genial de um jeito avesso ou não, mas de forma que a campanha será bastante comentada durante o período de carnaval com um custo com mídia muito abaixo do que seriam gastos em uma campanha normal. 


São cases como esse que nos provam que a comunicação hoje deve ser vista muito além das TVs e dos rostinhos bonitos. Após gerar tudo esse buzz segundo artigo na Reuters, a  Schincariol projeta aumento perto de 20 por cento nos volumes de venda de cerveja volume de vendas em 2011.

Por Alexandre Cardoso

terça-feira, 21 de junho de 2011

Uma reflexão sobre a lei Rouanet


O que estamos movimentando?


Rouanet é uma das ferramentas utilizadas pelo Governo brasileiro para fomentar a industria cultural no país,mas será que ela realmente vem sendo utilizada da maneira correta ou será que requer mudanças?

Para tratarmos da Lei em si devemos primeiro esclarecer o que: é indústria cultural.

A sétima Arte


O primeiro filme do mundo se chamava ‘’ L'Arrivée d'un Train à La Ciotat ‘’ , o filme tinha apenas 52 segundos, era em preto e branco e não possuía som.  A película foi feita pelos irmãos Lumiere, em uma estação de trem de Paris, e foi apresentado para 33 pessoas no salão Grand Café, em 28 de Dezembro de 1895.

             Foram os irmãos Lumiere que criaram o cinematógrafo, câmera de filmar e projetar imagens em movimento, que possibilitou a existência dos filmes. Em 1926, o cinema passou a ter som. Somente dois anos mais tarde a Warner Bross conseguiu sincronizar som e imagem no filme “The Lights of New York ‘’.

Cinematógrafo

         No fim deste ano , o cinema completará 116 anos, e de L’Arrivée até hoje, muitas evoluções aconteceram na 7ª arte. Os filmes passaram a ter um papel social muito importante na sociedade, o cinema foi muitas vezes responsável por fazer as pessoas pensarem. Com movimentos como a Nouvelle Vague e o Cinema Novo, o mundo pôde conhecer a força revolucionária dos cineastas.
         Viver de cinema no século XXI , com cada vez mais adventos tecnológicos, menos chance para os iniciantes e com a lei de incentivo a cultura (Rouanet) sendo muitas vezes usada de forma errada (o objetivo da lei é incentivar que órgãos públicos invistam em cultura. No entanto, a lei tem sido criticada por que o governo, ao invés de investir diretamente em cultura, começou a deixar que as próprias empresas decidissem qual forma de cultura merecia ser patrocinada. Desta forma, as empresas fazem uso de propagandas gratuitas e não estão investindo na cultura nacional, como prevê a lei) não é fácil, mas Vitor Medeiros e André Índio, nadam contra essa corrente e vêm cavando aos pouquinhos seus lugares ao sol.  Vitor prefere os curtas ‘’ o curta-metragem é um formato que dá bastante liberdade pro realizador. É mais fácil e barato produzir vários curtas do que um único longa-metragem, outra vantagem é que, por não ter maiores compromissos com o mercado o realizador pode ousar mais ” opinou Vitor Medeiros.
        Já André, gosta dos longas e começou fazendo um documentário da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel ‘’ grande parte dos fundadores da escola ainda estão vivos, é a historia viva do samba, que é um patrimônio nosso. Fiz o roteiro, e sugeri em turma, todos adoraram a idéia, e dai rodamos o documentário Do Futebol ao Samba, Uma História de Bamba , o documentário foi exibido no cine cufa do ano passado. ‘’ revelou André que só fez dois cursos de cinema, o de audiovisual pelo CUFA (de onde surgiu a idéia do documentário sobre a Mocidade) e uma oficina de cinema chamada 5 vezes favela, cujo coordenador geral era o Cacá Diegues.
5x Favela 

         Vitor já fez cursos de direção, roteiro, edição, produção e um curso livre de Iniciação ao Audiovisual na Escola de Cinema Darcy Ribeiro aos 15 anos “ pra ver se era isso mesmo que eu queria ” atualmente Vitor estuda cinema na UFF (Universidade Federal do Rio de Janeiro) “ quando entrei na UFF, apenas tive a confirmação ” contou Medeiros.
           Desde 2008 Vitor já participou de mais de 20 produções entre curtas, médias e longas- metragens  exercendo as mais diversas funções  ‘’muitos foram exibidos em Festivais pelo Brasil afora, o último que eu dirigi foi o "Com Outro Par". Esse ano comecei a enviá-lo pra festivais, ele já foi exibido na Itália, vamos torcer pra rodar em alguns outros” contou Vitor.
           O curta “Damas” em que Vitor foi assistente de direção, ganhou o prêmio juri popular do Festival  Curta o Flagra. Seu novo projeto é websérie "Ana e Cezar", uma iniciativa totalmente independente de Vitor e outros estudantes da UFF, para conhecer mais do projeto acesse www.anaecezar.com “por mais instáveis que sejam as profissões relacionadas à arte no Brasil, não consigo me imaginar fazendo outra coisa” revelou Medeiros.


           André foi assistente de direção do remake de 5 vezes favela que participou do Festival de Cannes do ano passado "com certeza foi o trabalho mais marcante que fiz. Fui escolhido para a equipe de assistentes de direção do filme, durante as oficinas do CUFA. Participar do filme, foi algo fora do real, todos que fizeram parte da equipe saíram do set com o gostinho de quero mais"  afirmou Índio.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A Internet derrubando a fórmula padrão da Industria Cultural

Por muito tempo as coisas funcionavam da seguinte forma: O filme vai estrear no cinema, depois vai ser lançado em pay per view e depois em DVD. No caso da música a industria decidia: Vamos montar um grupo de 3 irmãos que vão tocar versões nacionais das músicas do Beatles e regravações do RPM, o nome da banda vão ser suas iniciais e será um sucesso.
Sabe o que quebrou tudo isso? A internet.


Mesmo com o medo de mudanças do ser-humano, a internet mostrou que um grupo de 4 roqueiros de roupas rasgadas, podiam gravar uns sons na garagem e disponibilizar no Myspace e esse seria o novo hit. Uma banda poderia disponibilizar seu conteúdo na internet e assim fazer sucesso, sem a ajuda de um grande selo. Como foi o caso do Arctic Monkeys. Uma banda, como o Radiohead, lançaria um cd sem mídia e sem preço definido pela internet e seria sucesso de vendas.

Arctic Monkeys

A indústria cultural foi desmontada pela internet. Isso causou uma loucura tão grande, que no início cogitou-se a hipótese de cobrar mais por um download do que por uma mídia física que tem encargos com produção e transporte.


A indústria precisa mudar. Parar com essa ideia de "como será o próximo astro pop" e buscar os que já existem na multidão. Parar de reprisar o mesmo filme toda semana achando que o público preferiu ter visto o jogo de futebol e não ignorar a inteligencia dos seus consumidores.
Revistas e jornais conceituados já não são mais os donos da verdade, existem ótimos blogs administrados por estudiosos que tem críticas e visões mais profundas e significativas. O planejamento dos blocos em que os programas são exibidos na TV não funcionam mais que a forma caótica do You Tube.


Não é o caso de dizer que a industria cultural morreu, ela apenas precisa se adaptar. O público provou que não consome qualquer coisa vomitada em cima deles, mas que tem opinião, senso crítico e mais inteligencia do que eles mesmos achavam que tinham. 

Por: Caio Hansen, Alan Ribeiro e Evandro Jales

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A Indústria Cultural e a Internet como MCMs


A Indústria Cultural e a Internet como MCMs


 A Internet é com certeza uma das ferramentas de massa  que mais inspiram o leitor com impacto devastador. Modificando inclusive toda uma cultura, tornou-se o terceiro veículo de maior alcance no Brasil, atrás apenas de rádio e TV, sendo que 87% do internauta utilizam a rede para pesquisar produtos e serviços, revolucionando o mundo dos computadores e das comunicações como nenhuma outra invenção foi capaz de fazer antes. A internet representa um dos mais bem sucedido exemplos dos benefícios da manutenção do investimento e do compromisso com a pesquisa e o desenvolvimento da sociedade. Um terço de todas as transações entre varejo e consumidores e feita pela internet, O Capitalismo cultural ou indústria cultural está dentro das Segundo a FGV, são 60 milhões de computadores em uso, devendo chegar a 100 milhões em 2012, e 95% das empresa brasileiras possuem computadores.
O ritmo de crescimento da internet brasileira é intenso e a classe C continua aumentando o número de usuários.
Este recurso da informática possibilita auxiliar no processo de transformação da realidade educacional, alcançar informações de diversos pontos do país e do mundo em tempo real, o que seria inviável em termos de tempo e de recursos financeiros.
Segundo o instituto Ibope Nielsen Online, de outubro de 2009 a outubro de 201, o número de usuários ativos (que acessam a Internet regularmente) cresceu 13,2%, atingindo 41,7 milhões de pessoas. Somando às pessoas que possuem acesso no trabalho, o número salta para 51,8 milhões, 87% dos internautas brasileiros entram na internet semanalmente.
Na publicidade on-line a internet se tornou o terceiro veiculo de maior alcance no Brasil, atrás apenas do rádio e TV, com um crescimento no comércio eletrônico e um faturamento crescente.
A Internet é um fenômeno recente no processo de comunicação entre as pessoas e sua crescente importância na história da humanidade justifica um estudo mais detalhado das influências que exerce sobre as pessoas para ampliar a compreensão do desenvolvimento humano.
Considerando a Internet como expressão da indústria cultural e enfatizando a relação indivíduo e tecnologia, são analisados os conteúdos das conversas nas salas de bate-papo, utilizando-se os conceitos de estandardização, pseudo-individuação e glamour elaborados por Adorno e Simpson e as considerações de Mcluhan dos meios de comunicação como extensões humanas.
O trabalho evidencia que as padronizações estruturais do meio, aliadas à velocidade e à diversidade, impedem a expressão do indivíduo, o qual só obtém sucesso como mercadoria cultural.
A Internet está, cada vez mais, transformando pseudo-indivíduos em mercadorias culturais e não proporcionando a autonomia e a auto-reflexão crítica necessárias para o combate contra a barbárie.
Adorno, quando analisa a tecnologia, entre vários aspectos, enfatiza o duplo significado da formação cultural quando se reporta à televisão; o duplo caráter da cultura que tanto remete à sociedade quanto intermédia esta e a semiformação; a ausência da busca do lucro em partes da indústria cultural, a qual só tem sentido quando pensada como geradora de capital; a apropriação pela massa da produção individual de maneira que cada indivíduo manifeste comportamentos comuns como se fossem criativos e o impedimento da individualidade pela própria indústria cultural que dela usa como matéria prima para transformar indivíduos em massa.
A facilidade e a velocidade servem mais ao capitalismo que de tudo se apropria, que despeja diariamente a publicidade nos correios eletrônicos e amplia as ofertas e as vendas através da rede.



Adorno, certamente, destacaria o duplo papel da rede servindo à formação e à deformação individual. No estágio atual, porém, a rede me pareceu pouco propícia para servir à formação.
A estandardização é uma barreira intransponível. As variações oferecidas pela indústria cultural vão além das aparências. Unix, Linux, OS2, Macintosh são sistemas operacionais, que tal como o popular Windows, escondem uma estrutura que foge ao domínio do usuário comum, o qual estabelece contato apenas com a interface de janelas e ícones. Não importa, portanto, qual o sistema que virá a ter o domínio do mercado, a estandardização predominará.
Nas relações comerciais, as vendas estão se dando no contato do comprador-empresa, no qual o nome do atendente não mais aparece, diferente do que ocorria nas compras em lojas ou por telefone. Nunca a empresa foi tão bem representada por uma máquina como agora, quando se eliminou a figura do vendedor. Mais do que transformar todos em pseudo-indivíduos, a indústria atingiu o estágio da eliminação total das pessoas, eliminando-as das relações, outrora, humanas: vende-se sem sequer ter uma pessoa vendendo tal como já vem acontecendo nos terminais eletrônicos com os pagamentos de contas, depósitos, transferências de numerários, sem recebimento e conferência do dinheiro pelo caixa do banco. No bate-papo também já se atingiu o estágio de falar com o computador. Como prêmio de consolação, deixou-se os usuários brincarem de ser várias pessoas no bate-papo o que é exatamente ser ninguém. Diante do quadro exposto, no qual cada vez mais o indivíduo é menos ou nada, fica fácil entender o mundo do glamour que vai ampliando seu império no cotidiano.
A massa - ideologia da indústria cultural - é levada pelo engodo de palavras que sugerem  a liberdade tais como navegar, surfar, internauta, ciberespaço, quando a liberdade possível, se é que pode ser chamada assim, é somente aquela que atende ao capital e à reificação, estando longe de proporcionar a autonomia e a auto-reflexão crítica necessárias ao confronto e à resistência á barbárie.


Por : Eduardo Amorim /  Julio Carvalho / Leonardo Cantalice   
               


quinta-feira, 16 de junho de 2011

“Cinema é a maior diversão” para o público e para a Indústria Cultural

Frase de Luiz Severiano Ribeiro ("Cinema é a maior diversão") reflete bem um ótimo tipo de diversão.
Muita coisa mudou e as novidades no mundo da “telona” aumentam a cada filme lançado.
A confirmação do seu crescimento se reflete no reconhecimento do público, que cada vez mais engrossam as filas na compra de ingressos.
Seria pela qualidade do cinema brasileiro, que vem aumentando, ou pelo foco na banalização dos problemas do país? Como é o caso de corrupção policial e criminalidade que é visto nas seguências de Tropa de Elite ou a polêmica que é gerada no filme Bruna Surfistinha. É notório que assuntos polemizados pela opinião pública têm a capacidade de prender a atenção do público, mas também é clara a evolução do conteúdo dos filmes brasileiros. O que sempre encaramos como sendo uma indústria que produzia só filmes com apelo sexual tem se mostrado mais interessante e criativo nos últimos tempos. E ainda que de forma pequena, tem conseguido o reconhecimento internacional, como exemplos: “Cidade de Deus” que em 2004 concorreu em 4 categorias e “Do outro lado da Rua”, um grande sucesso nacional no Festival de Berlim.
E é por esta evolução que o cinema brasileiro ganhou o título de “Cinema da Retomada” com a recuperação cinematográfica brasileira de 1993-1994.

Cresce o cinema no sentido cultural, crescem as possibilidades de publicidade e propaganda. Hoje o público das “Telonas” é maior e diversificado e isso abre novas possibilidades de disseminação idéias e conquista de consumidores.

A lógica máxima da Indústria Cultural é o lucro, mantendo-se os mesmos objetivos da lógica capitalistas.

O cinema é um dos produtos da Indústria Cultural. E como tal está submetido ao controle de interesses capitalistas. E mantendo-se nessa estrutura o mundo cinematográfico vem ampliando o mercado e fazendo parte desse sistema capitalista.

Antigamente tínhamos filmes em preto e branco, com histórias simples e, muitas vezes, engraçadas; as famosas Chanchadas. Hoje vemos histórias do cotidiano que, ainda que exibam a realidade violenta, cativam as pessoas.

Segundo informações da Agência Nacional de Cinema no ano de 2010 o público do cinema nacional foi de 25.227.757 espectadores, 56,77% acima do registrado em 2009.


O que pensam os profissionais sobre filmes e a Indústria Cultural no cinema?

Aristides Corrêa Dutra
Designer gráfico, professor e colunista da revista Conceito A


Na era pré-digital, fazer um anúncio para passar antes dos filmes envolvia altos custos (equipamento caro, profissionais caros, reprodução física do original etc.) e só se justificava se pensado como comunicação de massa, isto é, veiculado em um grande número de salas e dirigido ao maior público possível. Só se aplicava, portanto, aos produtos populares, de público indefinido.

Na era digital essa situação mudou completamente. É possível se fazer um anúncio com qualidade profissional a baixíssimo custo. Também não há mais o alto custo de copiagem física, e se o envio do material for online, o custo de reprodução chega efetivamente a zero. E como praticamente todas as salas de cinema hoje têm algum equipamento de projeção digital, a inserção do anúncio pode almejar um público bastante preciso, sendo possível se escolher a sala, o filme e os horários de exibição. É possível até se fazer inserções únicas ou bastante restritas.

Assim, a publicidade em cinema não tem mais que ser necessariamente tratada como comunicação de massa. Ela também está a serviço da comunicação dirigida. Um ótimo exemplo de publicidade boa e barata nesses moldes é a campanha da revista Piauí (assista o vídeo abaixo), geralmente feita em animação digital ou stop motion e veiculada somente nos cinemas Unibanco e Unibanco Arteplex.




Ou numa possibilidade mais extrema: uma pequena loja de brinquedos, por exemplo, pode anunciar em um cinema ou multiplex do mesmo bairro somente nos filmes infantis e em sessões até as 19h. Com isso vai se dirigir de maneira bastante focada em seu público-alvo primordial em um veículo de alto impacto e ao menos custo possível.

O cinema no Brasil é uma área em pleno desenvolvimento e crescimento, tanto na indústria de produção quanto na rede de exibição e em seus produtos derivados. Anunciar em cinema pode, sim, ser um ótimo negócio tanto para grandes quanto para pequenos anunciantes, pois pode ser suporte tanto para comunicação de massa quanto para comunicação dirigida.

Quanto a seu papel na democracia e na cidadania, acontece com a propaganda de cinema o que acontece com toda mídia. Não acredito que os meios de comunicação sejam em si positivos ou negativos, bons ou ruins. Eles podem, isso sim, ser mais ou menos interativos ou participativos. Mas continuarão sendo apenas meios de comunicação. Bom ou ruim é o uso que se faz deles.


 

Raphael Oliveira
Jornalista

A exposição que filmes como Tropa de Elite 1 e 2 trouxeram para o cinema foi muito positiva não só para quem trabalhou na sequência, mas também para todo o cinema brasileiro.
Filmes menores continuaram com problemas de verba para produção e patrocínio, mas as produções maiores com certeza ganharam muito com a grande exposição desses filmes e de tantas atrizes e atores brasileiros que estão fazendo sucesso dentro e fora do país.O cinema contribui e sempre vai contribuir de alguma forma. Seja com entretenimento ou algo mais politizado.

É um veiculo tão poderoso que não pode se restringir simplesmente ao entretenimento e nem só a política, deve atender a ambos de forma que atenda a todos os públicos.
Só entretenimento não traz conscientização e só política não traz divertimento.
 
Kelly Lopes
Psicóloga

Existe uma mudança no foco do produto (filme) segundo uma demanda globalizada que pressiona o faturamento pela qualidade. Filmes brasileiros na atualidade, mostram como mensagem, para além do sexo explícito, assuntos cotidianos como, violência exacerbada, quebra de tabus quanto a sexualidade, patologias psíquicas - assuntos inerentes a sociedade, que o público lida diariamente, mas que não param para observar/vivificar por não serem tão prazerosos e buscam o telão como um meio externo para enxergar tais assuntos no outro...é mais fácil, afinal. Com essa sacada e talvez também para a sobrevivência do "cinema brasileiro", o investimento financeiro precisou mudar/aumentar, visando a lucratividade proporcionalmente.

---------------------------------------------------- por: Lucas Sakalem e Rosângela Pizzolati ---------------------------

O papel de outro MCM: a Internet

O crescimento das mídias sociais e seu poder sobre a população brasileira

            Entende-se por mídias sociais a interação entre pessoas, gerando um conteúdo compartilhado, construído através da discussão e integração entre elas, tendo como condutora a tecnologia.
Novas ferramentas de mídia social vêm surgindo e se estabelecendo, passando por mutações evolutivas naturais. Os blogs nasceram como diários virtuais e foram modificados gradativamente, a ponto de se tornarem, inclusive, instrumentos de efetiva geração de negócios, por exemplo.
Com isso, ocorre uma significativa mudança na estrutura de poder social, pois a possibilidade de gerar conteúdos e influenciar pessoas e decisões deixa de ser exclusividade dos grandes grupos capitalizados, e torna-se comum a qualquer pessoa. Além disso, a redução do custo de publicação a quase zero possibilita a produção de conteúdos muito específicos também para pequenos públicos - que antes não justificavam a equação econômica.


Em entrevista, o publicitário Bruno Cezar Macedo N. Pereira expôs sua opinião sobre a atual realidade do país:
“O Brasil tem avançado na comunicação de massa equiparadamente às grandes potências. Não surpreende, portanto, os usuários brasileiros terem uma das maiores representações nas mídias sociais. Embora o avanço tecnológico siga o ritmo de países desenvolvidos, a economia brasileira, ainda que mais fortalecida que outrora, segue tropeçando em pontos como a distribuição de renda e infra-estrutura. A maneira como os problemas sociais são tratados e, principalmente veiculados pela mídia, torna-os reflexos quase insignificantes de um possível crescimento geral a médio/longo prazo. E as ferramentas tecnológicas das novas mídias ainda não foram apropriadas pela massa suficientemente para expressar a discrepância entre a realidade social divulgada pelos meios de comunicação de massa e a realidade social da população. Os meios de comunicação têm sido tratados como retrato da realidade, entretanto, tem funcionado melhor na função de criador de realidades. O mais complicado é observar que estas "realidades" propostas pelos meios de comunicação não proporcionam outro comportamento senão o consumo. A mobilidade social, a detenção dos meios de produção nada mais são que meros efeitos colaterais desta mensagem.”
 
Por Daniele Santos e Tatiana Gomes

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Adequação do jornal impresso


Por volta de 1440,  Gutenberg desenvolveu a tecnologia da prensa móvel, o que deu origem as folhas escritas com noticias e distribuídas nas cidades burguesas, onde se propagou por toda a Europa. Neste período a veiculação não tinha uma periodicidade e em 1605, surge o Nieuwe Tijdinghen, primeira publicação impressa periódica (semanal). No século XIX, com a imprensa capitalista e com a industrialização, os empresários descobriram o potencial comercial do jornalismo como negócio lucrativo e surgiram as primeiras publicações parecidas com os jornais atuais.

 

Atualmente com o crescimento vertiginoso do meio de comunicação online e com o nível de relacionamento que a internet oportuniza, o jornalismo e o jornal impresso se viram obrigados a mudar seu estilo e buscar interação e maior dinamismo em relação às suas matérias e ao leitor.


Para não perder seu público para a internet, os jornais impressos vivificam, diariamente, uma corrida contra o tempo, pois o quesito periodicidade é fator importante para se manter no mercado. Seu principal concorrente tem a seu favor o tempo, que é on time e full time. As notícias acontecem e são instantaneamente divulgadas pelos portais, fazendo com que os impressos sejam massacrados e envelopados com informações anteriormente difundidas.

“Economicamente falando, os jornais impressos acabam prejudicados, pois se foi retirado deles justamente o ponto chave de seu negócio: a informação de primeira mão. Para se manter, os impressos precisaram se reinventar, adotar práticas antes não muito exploradas como prioridade na diagramação – de forma dinâmica e muito semelhante a layouts da grande rede -, além de marketing e promoções de fidelidade para seus clientes continuarem assinantes. Pois, os jornais vivem mais de assinatura do que de compra aleatória em bancas”, argumenta Tamyris Torres, jornalista e analista de mídias sociais.

Prova disto é o Jornal do Brasil, fundado em 1891, que desde o ano passado deixou definitivamente sua redação específica para os impressos para trabalhar somente e dedicadamente à sua versão online, se tornando o primeiro jornal 100% digital do país e outros jornais que já nasceram online como o AdNews, que fez um comercial em seu canal no You Tube voltado para o público da internet.  

Não só no Brasil que o jornalismo tem mudado sua essência. Desde 2008, cerca de 166 jornais nos Estados Unidos fecharam suas portas, segundo a Paper Cut.

O Rio de Janeiro agora possui apenas dois grandes jornais: O Globo e O Dia, contudo o JB, nos anos 80, vendia aproximadamente 180 mil versões impressas pode dia de semana e 250 mil aos domingos.

De acordo com o Último Segundo, em 1950, mesmo antes de o Rio deixar de ser capital federal, circulavam 18 jornais, somando uma tiragem diária de 1,2 milhão de exemplares.
Tamyris Torres acrescenta que esta queda, se deve ao crescimento da tecnologia da informação e a necessidade iminente de os jornais que sobraram possuir também sua versão online. Ganhando, desta forma, forças para manter a sua versão impressa sem deixar de acompanhar a evolução de seus leitores.

As vendas de jornais no Brasil crescem abaixo da evolução do Produto Interno Bruto (PIB). No primeiro semestre de 2010, a circulação diária de jornais cresceu 2%, segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC). Entre janeiro e junho deste ano foram vendidos 4,25 milhões de exemplares por dia, graças a ascensão dos jornais populares e gratuitos. Em 2009, a circulação de jornais teve queda de 3,5%. Entre os 20 maiores, a queda foi de 6,9%”, ressalta o Último Segundo