Por: Diego Hartt
Me sinto bem a vontade para falar de um tema no qual eu posso dizer que faço parte. Para começar, é necessário dizer que apesar de ouvir e me divertir, não sou a favor de letras de funk que fazem apologia ao tráfico e que são apelativas. Parece contraditório, mas essas são músicas que no meu caso, no embalo da noitada, apenas danço e canto com amigos como uma forma de diversão.
Frequento bailes e casas de show, há pelo menos 5 anos. Tempo que pode parecer curto, mas foi suficiente para mudanças que transformaram o universo do funk em uma mina de ouro. Muito dessa evolução se deve a artistas profissionais, que conquistaram o público por serem realmente talentosos, caso do chamado príncipe do funk Mc Marcinho.
Esse processo, até mesmo de aceitação, atraiu o interesse de grandes empresários, dispostos a investirem em megas estruturas, como a recente casa de show Barra Music. Que apesar de ser uma casa de show, que realiza qualquer evento relacionado ao mesmo, atinge seu auge nos dias de uma das maiores equipes de funk do país, a Furacão 2000.
O mercado acompanha perfeitamente essa demanda do funk em diversos segmentos. Roupas de marca, tênis, e principalmente bebidas, são facilmente adequados aos consumidores. É sem dúvidas, um grande mercado, que vive dias intenso e anda sempre aquecido.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
As maravilhas do funk carioca
Bem que minha
avó dizia que os tempos não são os mesmos. É só ligar a televisão na novela das
oito e se deparar com uma formosa personagem que usa roupas coladas,
barriguinha de fora e dança funk escondida do pai. A menina só quer ser feliz,
se divertir e ouvir a música que gosta! E com gosto e temporalidade não se
discute! (Música “Chapa Quente” da personagem Solange de Fina Estampa . Acompanhe também o encontre que a
atriz teve com as verdadeiras funkeiras da Muzema)
Há quem diga que o funk é ruim, que é isso ou aquilo, mas é só voltar no tempo e ver que os estilos musicais nem sempre agradaram a todo mundo. A música, uma manifestação cultural que deveria unir as pessoas, acaba as separando e trazendo o chato do preconceito. Com funk não seria diferente!
Ande
pela rua de algum bairro do subúrbio carioca em um sábado a noite... Com
certeza achará um grupinho de meninas indo se divertir ao som do funk. Elas são
lindas, decididas e ousadas! E ousadia não é pra qualquer uma...
O
funk proporciona a liberdade... Liberdade de expressão, liberdade de idéias,
liberdade de sons, culturas e movimentos. Ele trás uma energia que contagia
fácil... E quem nunca foi a uma festa e dançou até o chão? Os jovens curtem o
que está na moda e o que faz o corpo requebrar. O funk tem o poder de envolver
as pessoas com uma batida forte e divertida, que involuntariamente faz o corpo
todo se mexer.
Temos
que aceitar que é um ritmo divertido sim! E capaz de proporcionar mudanças
também. Olha quantos jovens se descobriram profissionalmente no funk! Estão
sempre surgindo grupos, cantores e compositores que passaram a ter uma
profissão, uma oportunidade na vida a partir deste estilo musical. Até
campeonato do “passinho do menor da favela” tem nas comunidades e sabe o que
isso representa? Inclusão e interação social. Algo muito bom na realidade de
quem vivencia o dia-a-dia da comunidade. (Acompanhe do link a Batalha do Passinho Menor, com a
presença de personagens importantes da música cariosa ).
O
funk reinventa a forma de dançar, de se comportar, de se vestir. Fora outras
diversas mudanças, fruto da adaptação de uma realidade dura de quem enfrenta
dificuldades diariamente apesar de ter direitos como qualquer outra pessoa. Uma
realidade promovida por um estilo próprio que enfrenta um mundo de gente para
falar mal, para julgar, mas que sequer parou para pensar que como dizia minha
avó, os tempos não são os mesmos.
Por : Ana Paula
Evangelista
Marina
Braga
Natalia
Calzavara
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